Pesquisa de indicadores realizada pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) em parceria com a CNI apurou que as vendas da indústria do Estado tiveram crescimento real (descontada a inflação) de 11,32% no acumulado de janeiro a março deste ano frente ao mesmo período do ano passado. No mês de março, a alta alcançou 8,98% frente ao mesmo período de 2017 e 13,14% em relação ao mês anterior, fevereiro. Mas considerando dados dessazonalizados, a indústria catarinense teve retração de 0,70% em março frente ao mês imediatamente anterior. Na média nacional, esse dado dessazonalizado teve uma retração maior, de 2,5%. 

A utilização da capacidade instalada da indústria catarinense chegou a 83,12% em março, superior aos 82,15% de fevereiro e quase 10 pontos acima da registrada em março do ano passado, que estavam em 73,32%. No Brasil, a média ficou em 78,1% em março, 76,6% em fevereiro, resultado parecido com março do ano passado, que estava em 76,9%. 

Em Santa Catarina, os setores que registraram maiores altas reais nas vendas em março na comparação o mesmo mês do ano passado foram os de vestuário e acessórios (mais 38,7%), produtos metalúrgicos (24,3%), alimentos (12,2%), metalurgia (12,4%), máquinas e equipamentos (10,8%). 

A pesquisa apurou também que em SC, houve aumento real da massa salarial de 3,74% frente ao mês anterior, fevereiro e, na comparação com o mesmo mês do ano passado teve crescimento de 9,28%. O total de pessoal ocupado cresceu 0,16% na comparação com o mês anterior e 2,74% frente a março de 2017. As horas trabalhadas caíram 0,33% em relação ao mês anterior, mas subiram 3,57% na comparação com o mesmo mês do ano passado. 

Apesar das queixas de lideranças industriais, especialmente nacionais, o cenário de crescimento econômico do país continua e o mercado está com baixos estoques, o que significa que a produção vai continuar em alta para a maioria dos setores.