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Decisão unânime do Copom tenta impedir parada brusca da economia em breve
Apoiado pelo Palácio do Planalto e Ministério da Fazenda, o Banco Central (BC) acredita que a inflação deve cair nos próximos meses, o que abre espaço para tentar impedir que a economia sofra com uma parada brusca em breve. No comunicado divulgado após a decisão de ontem, os diretores do BC afirmaram que o corte foi moderado e “é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”. O novo patamar da taxa básica de juro é o menor desde janeiro, quando a Selic estava em 11,25%.
A aposta de mais uma redução do juro prevalecia entre os economistas e foi consolidada no início do mês após indicação dada pelo próprio presidente do BC, Alexandre Tombini. Há duas semanas, ele defendeu que reduções moderadas do juro, como a realizada em agosto, são suficientes para levar a inflação ao centro da meta em 2012.
Após a surpresa com a diminuição da taxa em 0,50 em agosto, economistas passaram por um gradual processo de compreensão do BC capitaneado por Tombini.
Ao longo dos últimos 49 dias, o mercado entendeu que o BC do governo de Dilma Rousseff trabalha com certa ousadia ao aceitar um pouco mais de inflação para não prejudicar muito a atividade econômica e espera que os cortes continuem até início de 2012.
AN. Economia