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Santa Catarina encerrou o primeiro trimestre de 2022 com taxa de desemprego de 4,5%, o que indica uma leve alta frente ao último trimestre de 2021, quando registrou 4,3%. Mesmo assim, o Estado segue com a menor taxa de desocupação do Brasil, mostram os dados da pesquisa Pnad Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O resultado de SC é considerado estável, mas inclui perda de 9 mil postos de trabalho em três meses. O total de desempregados em dezembro era de 172 mil e, agora, em março subiu para 181 mil.

A taxa catarinense é considerada tecnicamente de pleno emprego, apesar de ter pessoas desocupadas e, ao mesmo tempo, ter vagas a preencher para funções que não conta com pessoas qualificadas.

No Brasil, a taxa de desemprego também continuou estável, em 11,1%, exatamente igual a de dezembro de 2021. As maiores desocupações foram registradas na Bahia (17,6%), Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%). Após SC, as menores taxas foram no Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).

Santa Catarina é destaque também nas outras taxas sobre empregabilidade. Tem a menor subutilização da força de trabalho (8,3%), enquanto Piauí tem a pior (23,2%). O número de desalentados, os que não têm esperança em encontrar emprego, é menor no Estado. Em março, estava em 0,6% enquanto que a maior taxa estava no Maranhão (15,8%).

Apesar da melhor condição em SC, segundo a pesquisa o número de pessoas trabalhando por conta própria no Estado, subiu de 960 mil no fim de 2021 para 971 mil em março, o que significa um acréscimo de 11 mil no período e uma taxa de 25,5%, a décima menor do país. A menor nesse grupo é no Distrito Federal, 19,4%.

Um dado da Pnad Trimestral que preocupa no Brasil por se repetir por décadas é a informalidade de 40,1% da população ocupada. A maior taxa foi no Pará (62,9%) e a menor em SC (27,7%).

Ainda segundo a Pnad, o rendimento médio real mensal habitual do trabalhador catarinense em março estava em R$ 2.944, o que significa uma alta de 2,26% frente ao do trimestre anterior, que estava em R$ 2.879, mas inferior em 7,45% ao salário médio de março de 2021, que era de R$ 3.181.

O rendimento médio real do Brasileiro ficou em R$ 2.548 em março, o que significa uma alta de 1,5% frente ao quarto trimestre de 2021 (R$ 2.510) e queda de 8,7% frente ao primeiro trimestre do ano passado (R$ 2.789).

Para o cálculo da Pnad de março, o IBGE considerou uma população total de 7,387 milhões. Desses habitantes, 3,990 milhões estavam na força de trabalho e 1,974, fora da força de trabalho.