Dados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) chamaram atenção em Santa Catarina. O Estado, pela primeira vez, não ficou entre os cinco com maior saldo de contratações. Gerou 4.551 vagas formais no mês, o 13º maior número do país. Mas, considerando as vagas criadas em 2022 frente ao número de habitantes, SC está em 2º lugar no país.

Esse cálculo comparativo, feito por uma equipe do governo do Estado, mostra que SC, com 89.065 contratações para uma população de 7,338 milhões de habitantes, ficou em segundo lugar na geração de novas vagas. Alcançou uma proporção de 1,32% no período de janeiro a julho.

O Estado ficou atrás apenas do Mato Grosso, que criou 58.286 novas vagas para uma população de 3,567 milhões, o que indicou uma proporção de novos empregos de 1,63%.

Esse ranking de criação de empregos em relação à população tem na sequência Mato Grosso do Sul com 1,20%; Goiás 1,19%; Distrito Federal 1,07%; e São Paulo 0,97%.

Considerando diversos ângulos do mercado de trabalho, Santa Catarina está entre os líderes, graças à economia diversificada em todos os setores. É do Estado, há anos, o topo do ranking da menor taxa de desemprego, que no segundo trimestre deste ano ficou em 3,9%.  

No período de janeiro a julho, com as 89 mil vagas novas, SC está em sexto lugar na criação de empregos, atrás de SP, MG, RJ, PR e BA. Considerando a população total, SC está em 10º lugar no ranking nacional. 

A baixa performance no emprego em julho resultou principalmente de menores vagas da indústria de transformação, o que deve melhorar neste mês de setembro, quando as empresas começam a produzir mais para o final do ano.

O economista da Fiesc, Pablo Bittencourt, em entrevista para jornalista da NSC Comunicação, Fernanda Mueller, chamou a atenção para o recuo de atividade da construção civil dos EUA que, por isso, está importando menos madeira de SC, impactando negativamente o emprego na indústria de transformação no Estado.

Outros setores exportadores podem sentir impactos devido à retração de negócios no exterior ou no Brasil. Apesar disso, SC seguirá com um dos mercados de trabalho mais aquecidos do país pela diversificação econômica e por estar em pleno emprego.