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Celso Malhani expôs as principais mudanças para auditores fiscais em palestra no Sindifisco esta manhã.

 

“As novas regras previdenciárias farão o servidor trabalhar mais, pagar mais e ter um benefício menor. Ainda assim, a decisão de aposentar-se é muito pessoal, e somente o acesso à informação fará com que essa decisão seja tomada com segurança”. Esse foi o ponto chave da palestra que o auditor fiscal Celso Malhani na manhã desta sexta-feira (1º) no auditório do Sindifisco, em Florianópolis.

Com o tema “O fim da Previdência como instrumento de proteção social dos trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público no Brasil” Malhani, que é profundo conhecedor das emendas à Constituição que tramitam no Congresso Nacional, explanou sobre a aplicabilidade imediata dos dispositivos da PEC 6/2019 aos estados e municípios.

“As maiores angústias geralmente são daqueles servidores que cumpriram todos os pré-requisitos e temem perder direitos após a promulgação da PEC/6. Porém o Art. 3º os protege, garantindo a estes as condições previstas anteriormente”, explicou Malhani. Outro questionamento frequente, segundo ele, é sobre as pensões: “Boa parte do direito é conservado. Vale a data de ocorrência do último pré-requisito: a morte”, disse.

Quando questionado sobre se a Reforma da Previdência seria um mal necessário, frente à suposta escassez de recursos para o pagamento das aposentadorias nas atuais regras, o palestrante respondeu que não. “A Reforma da Previdência como está posta é um Robin Hood ao contrário, que trará como reflexo o empobrecimento da classe trabalhadora”, completou Malhani, que acaba de requerer sua aposentadoria.

Em Santa Catarina, mais de 100 dos cerca de 300 auditores fiscais na ativa estão aptos a se aposentar.