Para 45,4% dos entrevistados, a proposta de reforma da Previdência aprovada na Câmara dos Deputados beneficiará apenas os mais ricos

Pesquisa CNT divulgada nesta segunda-feira (26/08/2019) revela que 52,7% dos entrevistados se posicionaram de forma contrária à reforma da Previdência, aprovada pela Câmara dos Deputados. Por outro lado, 36,6% se disseram favoráveis às mudanças no regime de aposentadoria.

Para 45,4% dos entrevistados, a proposta de mudanças nas regras de aposentadoria aprovada na Câmara dos Deputados beneficiará apenas os mais ricos. Outros 6% acham que beneficiará os mais pobres. Para 25,4%, a alteração beneficiará ambas as classes de forma igual.

O levantamento buscou saber, ainda, qual o porcentual dos brasileiros que poupam dinheiro paralelamente à aposentadoria como forma de completar a renda. Do total de participantes, 74,3% disseram não economizar dinheiro ou ter renda para uso depois de deixarem de trabalhar. Dessa forma, para 60,7% dos entrevistados, a reforma da Previdência não será positiva para sua aposentadoria.

Atualmente, as mudanças na aposentadoria tramitam na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. Na pesquisa anterior, divulgada em fevereiro, a reforma da Previdência era aprovada por 43,4% e desaprovada por 45,6%.

Sobre os temas que devem ser priorizados pelo governo após a reforma da Previdência, 24% consideram que deve ser a reforma do Código Penal, com revisão das penas e das formas de cumprimento. Em seguida, estão as reformas política (21,3%) e tributária (21,1%).

A 144ª Pesquisa CNT de Opinião, realizada em parceria com o Instituto MDA, de 22 a 25 de agosto de 2019, mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal do presidente Jair Bolsonaro.

Foram entrevistados 2.002 cidadãos, entre os dias 22 e 25 de agosto, em 137 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Pedido de conselho 
Nesta segunda-feira (26/08/2019), o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), órgão ligado ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves, recomendou que o Senado rejeite as mudanças na aposentadoria aprovadas pela Câmara dos Deputados.

Para o órgão, mesmo com as alterações realizadas pelos parlamentares, o texto promoverá “graves retrocessos sociais”. O CNDH critica pontos como exigência de 65 anos de idade para homens e 62 para mulheres, sem considerar as distintas situações de vida e condições de trabalho, por exemplo.

 

Via Metropoles