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A sociedade catarinense está atenta ao grupo de trabalho que começou, ontem, a desenhar uma ampliação dos debates sobre a pauta de reivindicação dos professores estaduais, que ficaram 62 dias em greve. O clima do primeiro contato foi amistoso, e pelo menos um assunto deverá ganhar prioridade a partir da próxima reunião, marcada para 12 de setembro: o valor de R$ 132 do vale alimentação, que não é reajustado desde 2000, e por isso ganhou a alcunha pejorativa de vale coxinha, deverá mudar.

A defesa é do deputado Joares Ponticelli (PP), que foi o alvo indireto que motivou a intervenção do secretário Marco Tebaldi no primeiro questionamento à mesa. Um dos representantes dos professores pediu paridade na formação do grupo, uma estocada de leve na presença de Ponticelli, que foi o relator do projeto do piso nacional na reunião conjunta das comissões do Legislativo.

Tebaldi esclareceu que nada será votado na comissão, que tem caráter propositivo, por isso será desnecessário quorum deliberativo. O que o grupo tornar consensual passará pela análise do governo do Estado, e, se aprovado, será enviado para a apreciação na Assembleia.

Detalhes garantem a lisura dos encontros, que ocorrem na sede do Conselho Estadual de Educação, em Florianópolis. As reuniões são gravadas para evitar descompassos e erros de interpretação.

A responsabilidade das pessoas que integram o grupo de trabalho é enorme. Por elas passará ainda a busca de um entendimento em torno da recomposição do plano de carreira do magistério e a revisão das leis que permitem a contratação de profissionais em caráter temporário, os chamados ACTs. O que se espera são avanços.
Fonte: INFORME POLÍTICO | ROBERTO AZEVEDO