Sindicato diz que vai se mobilizar para que deputados não aprovem a proposta
O projeto do governo que acaba com as equiparações de salários entre funcionários estaduais não foi bem recebido pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Santa Catarina (Sintespe-SC). Na prática, ele veda que benefícios de uma categoria sejam reivindicados por outra.

Para o presidente do Sintespe, Antonio Luiz Battisti, esse projeto é uma “pegadinha” do governo. Ele afirma que a assessoria jurídica do sindicato vai analisar o texto na próxima semana e adianta que a entidade vai se mobilizar para que os deputados não aprovem a proposta.

  • Nós entendemos que é preciso ter isonomia de gratificações. Queremos um tratamento igualitário — defende Battisti.

Além de vedar as equiparações, o projeto proíbe também que salários de servidores sejam vinculados à remuneração de secretários de Estado e fixa uma série de valores de gratificações que terão como base o valor pago em dezembro de 2011 e não poderão receber qualquer aumento ou reajuste. O secretário de Administração, Milton Martini, afirma que o objetivo do projeto é acabar com o crescimento não linear dos salários.

  • Isso é fundamental para que se pratique a justiça com relação ao aumento geral dado a todas as categorias.

O projeto faz parte da nova política salarial do governo do Estado, que foi anunciada na semana passada pelo governador Raimundo Colombo (PSD). O Executivo propõe data-base em janeiro, reajuste de 8% e vale-alimentação de R$ 12 por dia. A medida que veda as vinculações e equiparações, no entanto, foi conhecida apenas nessa semana, quando o pacote chegou a Assembleia Legislativa. Ele tramita em regime de urgência — precisa ser votado em 45 dias. Na próxima semana, o Sintespe deve participar de uma reunião com o grupo de negociação do governo para discutir as propostas.
Fonte: DC