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Impactada pela pandemia, a produção industrial catarinense em 2020 teve queda de 4,4% frente ao ano anterior, segundo pesquisa do IBGE. Um dos destaques do Estado foi no último trimestre do ano, quando liderou o índice de média móvel, com alta de 2,7%. O setor, em SC, cresceu 2,4% em dezembro frente ao mês anterior e teve alta de 18,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa foi a terceira maior variação do país nesse indicador, atrás apenas do Rio Grande do Sul (19,7%) e Paraná (18,9%). No ano, o resultado catarinense ficou muito próximo do nacional, que teve recuo de 4,5%.

Segundo a pesquisa, no mês de dezembro a maior alta na produção industrial no Estado frente ao mesmo período do ano anterior foi do setor metalúrgico (80,7%). Na sequência, vieram os setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (48,5%), máquinas e equipamentos (34,8%), produtos de borracha e plástico (31,3%), têxteis (26,6%), veículos automotores (26,6%). Vestuário e acessórios (16,5%), produtos de metal (12,5%), produtos de madeira (12,5%). Nesse comparativo, a única queda que ocorreu foi na indústria de alimentos (-6%), o que é normal no mês porque a produção é atecipada para vendas no final do ano. 

Durante o ano de 2020, os setores industriais que conseguiram desempenho positivo frente ao ano anterior foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,5%), máquinas e equipamentos (6,7%), produtos de borracha e plástico (3,3%), papel e celulose, 1,4%. Os recuos no ano passado ocorreram em veículos automotores (-22,3%), vestuário e acessórios (-15,6%), metalurgia (-13,8%), minerais não-metálicos (-11,1%), produtos de madeira (-4%) produtos de metal (-3,7%), alimentos (-1,4%) e têxteis (-0,4%).

O auxílio emergencial foi um dos principais impulsionadores das vendas industriais no país, durante o ano passado. Segundo o Observatório Fiesc, da federação das indústrias, os setores com maior influência no consumo das famílias e demanda do mercado interno foram os que alcançaram os melhores desempenhos no ano.

Os setores que apresentaram os melhores desempenhos foram os que mais venderam ao mercado interno, que foi impulsionado pelo auxílio emergencial e maior consumo das famílias em função do isolamento social.

Para este ano, a expectativa é de retomada de crescimento, com maiores vendas no mercado interno, apesar de as famílias de menor renda não contarem com um auxílio emergencial de valor expressivo. Há, também, expectativa de maiores exportações porque mercados consumidores de produtos industirais de SC estão mais avançados na vacição contra a Covid-19, o que significa que poderão retomar maiores níveis de atividade com mais consumo. 

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti