O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, voltaram a defender um novo imposto sobre transações financeiras nos moldes da antiga CPMF como substituto à contribuição patronal de 20% para o INSS.

O presidente Jair Bolsonaro e líderes do Congresso já se manifestaram contra a volta do tributo. O Ministério da Economia argumenta que a substituição vai gerar empregos.

A uma plateia de empresários e executivos de grandes empresas, Guedes disse na noite de terça-feira (20) que prefere “abraçar um imposto horroroso” se, com isso, conseguir desonerar a folha. Para ele, se a alíquota do imposto for pequena, “não machuca”.

Nesta quarta (21), o secretário da Receita disse que a CP (Contribuição Previdenciária), que substituiria a patronal, não incidiria sobre algumas operações financeiras, como aplicações, e que o novo tributo é criticado injustamente.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava no evento do qual participou o ministro da Economia, reforçou a oposição à proposta.

Também nesta quarta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse ser a favor de unificar as propostas que tramitam no Senado, na Câmara e a do governo, para evitar que as três tramitem separadamente e não cheguem ao final. “Não interessa quem é o ator, se é coadjuvante ou o principal. Interessa o resultado.”

 

Fonte: Folha de São Paulo