A falta de medidas para reduzir o custo crescente das despesas do setor público é um alerta para o risco de aumento da carga tributária ao mesmo tempo em que o setor produtivo cobra redução do peso dos impostos. Este será um dos problemas enfatizados hoje pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Glauco José Côrte, em painel sobre Estratégia tributária e Fiscal, no qual debaterá com o tributarista Bernard Appy e com o economista Marcos Luiz Mendes, durante o primeiro dia do 9 Encontro Nacional da Indústria (Enai), em Brasília.
_ Há um conjunto de fatores que inibem o crescimento do país.O sistema tributário deveria ser um estimulador do crescimento econômico, mas é meramente arrecadador. Pelo peso da carga, ela passa a ser um desestímulo aos investimentos e às exportações porque ambos são tributados – explica Côrte.
O presidente da Fiesc defenderá a redução da carga e simplificação da arrecadação. Para ele, a reforma tributária é necessária porque reduções pontuais causam outros problemas. Ele cita o caso da desoneração da folha, que foi uma medida interessante para quem emprega muitas pessoas, mas para outros houve aumento de custo ao invés de redução. Outro exemplo lembrado é a redução da tarifa de energia. Inicialmente foi positiva mas depois afetou os consumidores.

Líderes catarinenses
Além de Côrte, mais duas lideranças de SC participarão de painéis do Enai hoje. O ex-ministro Luiz Fernando Furlan, conselheiro da BRF, falará sobre agenda de competitividade e Décio da Silva, da WEG, abordará os desafios para gestão.

 

Via Clic RBS – Blog Estela Benetti