Um recálculo forçou os economistas das instituições financeiras a elevarem a estimativa da inflação para 2021 pela 11ª semana seguida. Para o (IPCA) Índice de Preços ao Consumidor, a inflação oficial do país , a expectativa do mercado para este ano deixou os 4,60% e subiu para 4,71%. Com este novo aumento, a expectativa de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, que é de 3,75%.

Apenas como parâmetro, em 2020, devido à pressão pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, também acima da meta que era de 4%. Acabou sendo a maior inflação anual desde 2016. Já a revisão para 2022, o mercado financeiro subiu o índice da inflação de 3,50% para 3,51%. Assim, para o ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% caso o índice oscilar de 2% a 5%.

Guedes admite impacto na arrecadação até abril

O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que os primeiros resultados de março da arrecadação federal mantiveram o ritmo de crescimento, mas admitiu que as receitas do governo devem sofrer um impacto com o recrudescimento a partir da metade deste mês. “Com essa nova pancada na economia brasileira, é evidente que devemos sofrer algum impacto na segunda quinzena de março e em abril”, reconheceu Guedes.

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou RS 127,7 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês na série histórica da Receita Federal. Guedes repetiu que o Índice de Atividade do IBC-Br (Banco Central), de janeiro teve um desempenho superior ao esperado e citou a abertura de vagas formais de trabalho no começo deste ano. “Nossa economia estava em plena recuperação após o impacto da primeira onda da pandemia de covid-19. Estamos mantendo e até criando empregos após uma recessão”, explicou o ministro.

 

Via ND+ Edição impressa 23/03/21