feiraodoimposto2021

O Conselho Estadual de Jovens Empreendedores de Santa Catarina (Cejesc), entidade da Facisc, realizou nesta quinta-feira uma edição mais virtual do Feirão do Imposto, em que comparou o sistema tributário brasileiro com o Jeep Willys, carro do ano de 1966, quando foi aprovado o atual código tributário brasileiro: velho e ineficiente. No evento, com reunião da diretoria da Federação das Associações Empresariais (Facisc), os jovens rafirmaram que o atual sistema de impostos do Brasil precisa de reforma porque cobra mais dos pobres enquanto o setor público não dá retorno em serviços de qualidade.

O presidente do Cejesc, Bruno Saldívia, entregou réplicas do veículo antigo para o deputado estadual Bruno Souza e ao deputado federal Gilson Marques. O senador Jorginho Mello (PL-SC) participou virtualmente e informou que na próxima semana a Câmara dos Deputados deve votar o programa Relp, que consiste no novo Refis nacional com prazo de 15 anos para parcelamento de dívidas tributárias de micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEIs).

Bruno Souza enfatizou que o Brasil tem um dos piores códigos tributários do mundo porque prática alta carga de impostos cobra mais dos pobres. O deputado Gilson Marques criticou o fato de o cidadão pagar carga tributária alta e não ter o retorno em serviço de qualidade.

Brasil no topo da complexidade tributária

O Cejesc fez questão de citar de novo um dos argumentos que usa para defender a urgência da reforma tributária brasileira. É que o ranking internacional Tax Complexity Project, criado por duas universidades da Alemanha, a LMU, de Munique e a Universidade de Parderborn, colocou o Brasil como o país com a mais complexa carga tributária do mundo. A propósito, isso tem sido motivo para algumas multinacionais não instalarem unidades produtivas no país.

O presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, que já esteve do outro lado do balcão como secretário de Estado da Fazenda, falou aos parlamentares que a reforma tributária precisa sair. Do contrário, o Brasil terá que continuar com os efeitos negativos do atual sistema tributário.