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O governo de Santa Catarina relançará, em 2021, a Investe SC, agência de promoção de investimentos viabilizada por meio de parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). A informação foi divulgada pela secretária de Relações Internacionais, Daniella Abreu, durante evento online promovido pela Amcham Joinville (Câmara Americana de Comércio) e o Consulado Geral dos Estados Unidos em Porto Alegre.

O Investe SC terá novo formato, com suporte a investidores, e, de acordo com a secretária, vem para esclarecer opções de investimentos, entender o interesse do investidor e acompanhar a instalação de novas empresas no Estado.

Daniella afirmou ainda que Santa Catarina tem muitas lacunas em estruturação de projetos de infraestrutura. Segundo ela, hoje são cinco projetos pequenos estruturados no Estado, e o governo está aberto a acolher o apoio de organismos que possam ajudar a evoluir na formatação de projetos. No encontro, Rodrigo Mota, da Agência de Comércio e Desenvolvimento dos EUA, se colocou à disposição para estruturação. De acordo com Mota, o órgão já apoiou mais de 300 projetos no Brasil.

– Um de nossos principais objetivos em Santa Catarina é promover a prosperidade econômica compartilhada por meio do aumento do comércio e do investimento bilateral, desenvolvimento de infraestrutura, apoio para ecossistemas de inovação e cooperação agrícola em áreas de interesse comum – diz Shane Christensen, cônsul geral dos Estados Unidos em Porto Alegre.

Para o coordenador regional da Amcham Joinville, Messias Didimo Andrade, o ambiente de negócios de Santa Catarina é muito promissor no cenário nacional pois reúne localização estratégica, infraestrutura moderna e grandes players que puxam o desenvolvimento econômico.

Comércio entre Brasil e Estados Unidos

O diretor de Estratégias Corporativas da WEG, Daniel Godinho, um dos gestores de empresas participantes do evento, afirma que potencializar o comércio entre os Estados Unidos e o Brasil passa pela revisão da bitributação. Essa forma de taxar importações e exportações afeta diretamente as operações financeiras e os serviços prestados pelas empresas nos dois países.

– Isso penaliza muito as nossas empresas. E certamente um acordo traria mais investimentos. Essa seria uma medida importante para gerar negócios – comenta. 

Além dele, participaram Eduardo Vasconcelos, diretor de Relações Institucionais da Whirlpool, e Adriano Barros, diretor de Relações Públicas e Governamentais da General Motors. Vasconcelos ressaltou a importância do acesso do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o que pode acelerar a implementação de reformas no Brasil, como a tributária, melhorar o ambiente de negócios e facilitar as relações comerciais.

Barros, da GM, concorda com a necessidade de se rever a questão tributária. “É algo que precisa estar na agenda e é necessário esforço para se conseguir”, diz. Ele mencionou ainda que aumentar a alíquota de 0,1% do Reintegra (o regime especial de reintegração de valores tributários para empresas exportadoras) seria uma possibilidade para resolver, em curto prazo, o problema da competitividade e amenizar os impactos da falta de reformas estruturantes.

Via NSCTotal – Coluna Claudio Loetz