O IBGE informou nesta sexta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0, 93% em março e acumula alta de 2,05% no ano. O resultado é parecido com da inflação de Florianópolis calculada pela Esag/Udesc que subiu 0,90% em março e acumula alta de 2,49% no ano. A principal causa do aumento de preços no ano, até agora, é a variação dos combustíveis, mas as pressões por alta são quase generalizadas. Isso porque a indústria segue com falta de matérias- primas e o aumento dos alimentos persiste, embora em menor ritmo.
Em março, os combustíveis subiram no país, em méida 11,23%. Em Florianópolis, tiveram alta menor, de 8,30%. As causas dos aumentos são a alta dos preços internacionais de petróleo este ano depois de caírem ano passado em função da pandemia, e também, a alta do dólar no Brasil devido à instabilidade política, problemas com a pandemia e desequilíbrio das contas do governo federal. Como a economia mundial está em recuperação e os problemas continuam no Brasil, os combustíveis, a princípio, devem seguir caros.
Além disso, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria divulgada nesta sexta-feira mostra que 73% das indústrias em geral e 72% das empresas do setor de construção enfrentam dificuldades para comprar matérias-primas e insumos no Brasil, inclusive quando optam pela importação
A sondagem ouviu quase 1.800 empresas e o resultado foi parecido com o de novembro do ano passado. Em Santa Catarina, as agroindústrias também enfrentam preço alto de alimentação animal em função do dólar e das exportações de grãos, o que já começa a repercutir nos preços de carnes.
São muitas as pressões por aumento de preços. Até março, a alta da inflação acumulada no país em 12 meses chegou a 6,1%. A previsão para o ano é de um aumento próximo de 5%. Como a maioria das famílias perdeu renda na pandemia e empresas também seguem afetadas, essa inflação maior vai exigir este ano muito mais cortes e sacrifícios, tanto nos orçamentos das famílias, quanto de empresas.
Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti