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O Iper, Índice de Performance Econômica das Regiões de Santa Catarina, calculado pela Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc), mostra que a pandemia derrubou, em média, 3,6% a atividade econômica do Estado em 2020, em série com ajuste sazonal. Apesar da alta de 10% no último trimestre, não foi possível um resultado melhor do índice que é baseado principalmente na receita de setores econômicos.

Tiveram queda anual as regiões Norte (-4,7%), Vale do Itajaí (-3,4%), Grande Florianópolis (-3,1%), Extremo Oeste (-2,7%), Planalto Norte (-2,4%), Alto Vale (-2,3%), Serra Catarinense (-2,1%), Sul (-1,5%), Meio Oeste (-1,5%), Extremo Sul (-0,4%) e Oeste (- 1,0%). A única região com alta foi a Noroeste, que cresceu 4,3% por ter atividade principalmente baseada no agronegócio e produção de alimentos.

O índice de performance da Facisc, elaborado pelo economista da entidade, Leonardo Rodrigues, considera as pesquisas do IBGE para indústria, comércio, serviços e turismo, resultado da agropecuária com base nos dados da Fazenda do Estado, movimentação bancária das cidads registrada no Banco Central e comércio exterior, além de outros resultados setoriais.

– O Iper é um índice um pouco mais volátil. Usando uma comparação, é um resultado mais global (de faturamento) enquanto o PIB é o valor adicionado na ponta (tipo lucro líquido da economia). O índice do Banco Central de Santa Catarina (IBCR-SC) teve queda de 1,7% ano passado e a estimativa da Fazenda (PIB) foi um recuo de 0,9% no ano – explica o economista, para esclarecer as diferenças entre os indicadores.

Segundo ele, o Iper mostrou que as regiões com atividade agropecuária forte, no interior do Estado, tiveram resultados melhores do que as demais. A diversificação econômica do Estado possibilita, e temos de crise, atenuar impactos maiores da economia nacional. Leonardo Rodrigues avalia também que as políticas adotadas pelo governo federal, como o auxílio emergencial, preservação de empregos e oferta de crédito, fortaleceram a economia.

– As medidas de proteção do emprego foram importantes para Santa Catarina porque temos um mercado mais formalizado do que a média nacional – comenta Leonardo Rodrigues.

Para 2021, ele avalia que a ajuda do setor público mais fraca não terá impacto importante na economia. Serão mais um ‘colchão’ para atenuar o risco de colapso social durante a pandemia.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti