Cálculo leva em consideração os ganhos do Executivo, com diminuição das despesas. Ano de 2023 será o décimo consecutivo no vermelho

O governo federal entregou ao Congresso Nacional, nesta quinta-feira (14/4), o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) relativo ao ano de 2023. E com um ponto negativo: a previsão de rombo nas contas públicas para o próximo exercício é de R$ 65,9 bilhões.

O valor é referente ao chamado Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já para o Programa de Dispêndios Sociais, o prejuízo deve ser de R$ 3 bilhões.

A meta de déficit primário leva em consideração a diferença entre o que é arrecadado e o que é gasto pela União. O ano de 2023 será o décimo consecutivo em que as contas federais estarão no vermelho. Ou seja: desde 2014.

A projeção prevê o retorno ao azul apenas em 2025, com superávit estimado de R$ 33,7 bilhões. A previsão deste ano traz o rombo de até R$ 66,7 bilhões.

Salário mínimo

proposta para o salário mínimo em 2023, que consta do projeto, é de R$ 1.294. Com isso, o valor não supera o índice de inflação há quatro anos seguidos. O atual salário mínimo é de R$ 1.212, o que representa, com a nova proposta, aumento de 6,70% (R$ 82).

A porcentagem é relativa ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para montar a correção dos valores do salário mínimo. Apesar disso, a inflação estimada para o próximo ano já beira os 8%.

A LDO é utilizada para aprovar o orçamento do próximo ano. Por isso, inclui previsões do setor econômico. Para 2024, o valor previsto do salário mínimo é de R$ 1.337 e o de 2025, R$ 1.378.

Inflação e PIB

Enquanto 2022 registra 6,45% no índice de inflação medido pelo INPC, a previsão para 2023 é de 3,3%. Já a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de alta de 2,5%.

Via Metrópoles