Com o resultado de agosto, a alta real em comparação com o mesmo mês de 2017 foi de 6,94%. A arrecadação mais alta foi possível com alguns atores não recorrentes.

 

O governo federal arrecadou R$ 109,751 bilhões com impostos em agosto, segundo a Receita Federal. Este é o melhor resultado desde 2014. No acumulado do ano, os ganhos somaram R$ 966.428 bilhões. Em 12 meses, R$ 1,433 bilhões. Os dados foram apresentados na manhã desta sexta-feira (21/9) pelo Fisco.
Com o resultado de agosto, a alta real em comparação com o mesmo mês de 2017 foi de 6,94%. A arrecadação mais alta foi possível com alguns atores não recorrentes. A Receita Federal constatou um ganho de R$ 1,071 bilhões com o Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), mais conhecido como Refis.
A medida foi discutida e implementada no segundo semestre de 2017 para renegociar dívidas de empresas inadimplentes. O Refis permitiu descontos e parcelamentos das pendências tributárias. No ano, o Pert possibilitou ganhos de R$ 15,6 bilhões aos cofres públicos.
Além disso, a tributação do PIS-Cofins sobre os combustíveis resultou em ganhos de R$ 1,697 bilhões. Em agosto de 2017 começou a valer a alta do tributo sobre a gasolina, o diesel e o etanol. De janeiro a agosto, a arrecadação foi de R$ 19,5 bilhões com o imposto.
Considerando os fatores não recorrentes, a arrecadação de agosto ficaria em R$ 106,514 bilhões, o que representa uma alta real de 0,63% em comparação com julho. Segundo a Receita, há, porém, impacto da melhora da atividade econômica nos dados. Em agosto, os ganhos com o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de empresas teve ganho real de 10,53% por conta da melhora dos resultados.
Os economistas esperavam uma arrecadação de R$ 110 bilhões em agosto, segundo projeções divulgadas pelo Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda. Ou seja, ficou R$ 1 bilhão abaixo do esperado. Apesar disso, em julho, os ganhos surpreenderam positivamente em R$ 10 bilhões.
A arrecadação ajuda o governo federal a cumprir a meta fiscal, que é de um deficit de até R$ 159 bilhões neste ano. Por enquanto, projeções dos economistas apontam que o rombo ficará em torno de R$ 141 bilhões.
Via Correio Braziliense