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Celso Malhani, diretor de Aposentados e Pensionistas da Fenafisco, participou nesta quarta-feira (6) de reunião na Câmara dos Deputados, que tratou do relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social.

Na oportunidade em que sindicalistas, entidades representativas do serviço público e parlamentares discutiram estratégias para o fortalecimento do sistema previdenciário e criticaram duramente a ideia do governo de implantar o regime de capitalização.

O Senador Paulo Paim (PT-RS), que esteve na coordenação da Frente nos últimos dois anos, ao comentar o texto da reforma da Previdência do governo, vazado nesta semana, disse que “a reforma que virá não será muito diferente”.

Paim também falou sobre que o sistema de capitalização integral, onde cada trabalhador contribui para uma poupança individual, segundo ele, isso configura a extinção das contribuições para a Previdência, que vêm do lucro, faturamento, loterias, PIS-Cofins, jogos lotéricos, folha de pagamento, compra e venda de bens.

Para Celso Malhani, o projeto do governo, assim que apresentado, precisa explicar como vai fazer para pagar os benefícios dos aposentados e aposentandos durante a transição do regime de repartição para o de capitalização, caso implantem, período em que cessarão integralmente as contribuições, pois os jovens que entrarão no mercado de trabalho, passarão a deixar seu dinheiro nos bancos. “Por 30 anos como o governo vai fazer para pagar? Vão criar um novo rombo e culpar os trabalhadores, retirando assim benefícios e direitos já adquiridos?”, questionou.

O deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS), que está assumindo a coordenação da frente na Câmara dos Deputados, afirmou que é preciso que se faça uma reforma capaz de “não mexer em direitos, cortar privilégios e manter a sustentabilidade do sistema”. Paim disse que é importante que a Frente proponha algo, pois “não adianta dizer que é contra, se não apresentar propostas alternativas”.

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), que participou da reunião, o problema está nos mais de R$ 30 bilhões que são sonegados para a Previdência e defendeu o combate aos grandes sonegadores antes de efetuar uma reforma que pesa sobre os trabalhadores.

ENCAMINHAMENTOS

Será realizada mobilização no Congresso, encontros estaduais e regionais para debater e confrontar as ideias propostas pelo Executivo organizada pelos movimentos sociais, entidades sindicais e parlamentares, além da reativação das frentes estaduais e municipais contra a reforma da Previdência.

Os próximos encontros estão marcados para os dias 13 de fevereiro (tratar de encaminhamentos sobre mobilização parlamentar) e 20 de março (relançamento da Frente, no Auditório Nereu Ramos).

Via Fenafisco