Depois de registrar queda em setembro, a taxa de juros cobrada dos consumidores voltou a subir, passando de 6,06% ao mês em setembro para 6,08% ao mês em outubro, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Para a Fecomércio SC, a alta da taxa dos juros para o consumidor brasileiro, considerada uma das mais elevadas do mundo, prejudica o volume de vendas, pois reduz o acesso das famílias ao crédito. O reajuste reforça a incerteza de bancos e de empresas em relação às ações político-econômicas que serão adotadas nos próximos anos.

A entidade também analisa que os dados da Anefac, somados à pequena variação positiva dos rendimentos reais do trabalhador de setembro, ajudaram a aumentar a insegurança diante do risco de inadimplência. Para os próximos meses, a Fecomércio SC prevê novas elevações devido ao aumento da Selic para 11,25% ao ano, divulgado no fim de outubro.

Das seis linhas de crédito analisadas pela pesquisa da Anefac, cinco tiveram suas taxas de juros elevadas entre setembro e outubro: juros cobrados no comércio (4,63% para 4,65% ao mês), cheque especial (8,48% para 8,5% ao mês), empréstimo pessoal concedido por financeiras (7,26% para 7,28% mensais), empréstimo oferecido por bancos (3,44% para 3,47% ao mês) e crédito direto ao consumidor para compra de automóveis (1,79% para 1,8% ao mês). Já os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito não registraram elevação, mantendo-se em 10,78% ao mês.

 

Via Adjori/SC