Para a Fecomércio SC, a decisão do Copom já dá sinais dos ajustes econômicos que serão praticados ao longo do próximo ano e também mostra que haverá um controle mais rígido da inflação durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Na última quarta, dia 3, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar os juros em 0,5 pontos percentuais. Assim, a taxa básica de juros – Selic – está em 11,75%, o maior percentual desde agosto de 2011.

O controle inflacionário é uma ação benéfica para a economia, mas a entidade lamenta que isso esteja sendo feito por meio de sucessivas elevações dos juros. Isso prejudica o setor produtivo e sobrecarrega as decisões de investimento do consumidor e dos empresários, além de dificultar ainda mais a saída do país do patamar de baixo crescimento.
Outro impacto negativo da elevação da Selic é no orçamento público. A Fecomércio SC estima que o aumento de 0,5 p. p. deve gerar um gasto adicional de R$ 2,5 bilhões nas contas do governo. Neste contexto, a entidade defende que um verdadeiro ajuste fiscal e reformas tributária e trabalhista seriam ações mais efetivas para combater a inflação, o baixo crescimento do país e o desequilíbrio das contas públicas.

Desde março de 2013, quando a Selic tinha o menor percentual, de 7,25%, os juros aumentaram 4,5 pontos percentuais. O anúncio de aumento de 0,5 p. p. reflete a preocupação do Copom com a inflação, que no acumulado de 12 meses em outubro fechou em 6,59, reacendendo o temor de que a taxa fique acima da meta de 2014. Além disso, existem pressões inflacionárias adicionais, entre elas, o reajuste do preço da gasolina e a desvalorização do real.

Segundo comunicado do Copom, a expectativa para as próximas reuniões é que se mantenha a taxa de 11,75% definida no último dia 3.

 

Via Economia SC