As vendas externas de Santa Catarina alcançaram US$ 759 milhões em março, com alta de 3,7% frente ao mesmo mês do ano passado e de 0,4% em relação ao mês anterior, em série dessazonalizada. Essa foi a maior alta desde o início da pandemia frente ao ano anterior, após resultado positivo de 0,6% em novembro de 2020. As importações totalizaram US$ 2.243 bilhões, com crescimento de 60% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com isso, a balança do Estado teve um déficit de US$ 1,484 bilhão. Os dados da balança comercial são apurados e analisados pelo Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de Santa Catarina.

Com mais vendas de alimentos, o principal mercado externo voltou a ser a China, com US$ 149,8 milhões, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 126 milhões. A alta das exportações, mais uma vez, foi puxada pela carne suína, que cresceram 60% frente ao mesmo mês do ano passado, com vendas maiores para a China e o Chile. O setor de alimentos também se destacou com crescimento de 20,3% e 54% foram destinados para a China, o Japão e o Chile.

Outro setor que segue em alta é o de madeira e móveis. Cresceu 23,5% em março frente ao mesmo mês de 2020, tendo como principais destinos os Estados Unidos, Reino Unido e México. As vendas nesses três mercados cresceram 24,8%, 38,9% e 27,8%, respectivamente, segundo o Observatório Fiesc. A Argentina, terceiro maior mercado de SC no exterior, surpreendeu com aumento de 40% de compras, em especial de laminados de ferro, motores e geradores elétricos.

O salto das importações chamaram a atenção do economista do Observatório, Marcelo Massera de Albuquerque. Segundo ele, esse movimento está muito atrelado ao aumento da produção industrial do Estado, que adquire insumos para os setores de produtos químicos, plásticos, metalmecânico, metalúrgico e de máquinas e equipamentos. Com o dólar alto, essas importações ficaram mais caras, o que pressiona preços de um modo geral.

As maiores compras no exterior também foram na China, com alta de 76% frente ao mesmo mês do ano passado. Os principais itens foram laminados de metal, fios e semicondutores. Dos EUA, as importações cresceram 34%, com destaque para coque de petróleo, que cresceu mais de 300%.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti