Apesar de alguns produtos terem alcançado melhores vendas no exterior na retomada pós-pandemia, as exportações catarinenses tiveram mais um mês de queda em outubro. A receita total das vendas externas ficou em US$ 622 milhões, -9,7% frente ao mesmo período de 2019. Um fato novo foi que, após meses de liderança chinesa, os Estados Unidos voltaram a ser o principal destino das exportações catarinenses em outubro, com alta de receita de 8,7% frente a outubro do ano passado. As vendas para a China recuaram -17,7% no mesmo período.

Os dados são da balança comercial catarinense e foram apurados junto à Secretaria de Comércio Exterior pelo Observatório Fiesc. As importações de outubro também recuaram. As entradas pelo Estado somaram US$ 1,4 bilhão, -8,8% frente ao mesmo período de 2019. No acumulado do ano até outubro, as exportações de SC somaram US$ 6,7 bilhões, com queda de -10,3% frente ao mesmo período de 2019. As importações, na mesma comparação, foram de US$ 12,2 bilhões, com queda de -13,8%.

As carnes seguiram em destaque nas exportações, mas itens de madeira conquistaram mais espaço. As vendas externas de carne suína cresceram 46,3% em outubro ante o mesmo mês de 2019 e alcançaram US$ 102 milhões. A carne de frango seguiu em queda, com -24,5% no período e receita de US$ 84 milhões. As peças de madeira para construção, também chamadas de molduras, tiveram um salto de 34,3% nas vendas externas do mês, com destino aos EUA. Os móveis subiram 9,6% no período e foram para o mesmo mercado.

Nas importações, seguiram em destaque os insumos industriais. O produto número um o cobre importado do Chile, que somou valor 43,6% maior frente ao mesmo mês de 2019. Em segundo lugar ficaram polímeros de etileno (-9,6%), para produção de itens plásticos e, em terceiro lugar, fios de filamentos sintéticos (-24,7%), para a indústria têxtil. Segundo o Observatório, a queda do valor importado desses itens ocorre pela falta de matéria-prima no mercado internacional.

Sobre a pauta de exportações, SC vende lá fora mais de 500 produtos. Nesse grupo estão, por exemplo, produtos ao setor de saúde, como equipamentos odontológicos. A Olsen, indústria de Palhoça, na Grande Florianópolis, exportou nos últimos meses equipamentos premium para a Faculdade de Odontologia de Porto, em Portugal, para a Rússia e o Iraque. Essas vendas são possíveis em função da qualidade dos produtos e por terem as certificações exigidas pelos mercados da Europa e Estados Unidos, explica o CEO e fundador da companhia, Cesar Augusto Olsen.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti