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No ano da pandemia, 2020, a atividade econômica de Santa Catarina teve queda de 1,70% frente ao ano anterior. É isso que mostra o Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR-SC), também considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o indicador, a retração da economia catarinense foi mais que o dobro menor do que a do Brasil, que caiu 4,05% no ano passado, de acordo com a média nacional do índice o IBC-Br. Em dezembro, a economia do Estado teve leve queda de 0,13% frente a novembro e, na comparação com o mesmo período do ano anterior, cresceu 3,41%.

O IBCR é elaborado com informações da agropecuária, indústria, comércio e serviços. Não inclui todos os dados que integram o Produto Interno Bruto oficial do país, por isso nem sempre é muito semelhante ao PIB. O acompanhamento dos números, com análises, é feito pelo Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias.

Para se ter ideia, em 2018 o IBCR-SC apurou que a atividade econômica do Estado cresce 2,47%, mas o PIB oficial do mesmo ano, que saiu no final do ano passado, confirmou alta maior, de 3,7%. A alta obtida pelo Estado em dezembro frente ao mesmo mês do ano anterior (3,41%) foi a terceira maior do país no período. Ficou atrás apenas de São Paulo (4,80%) e Paraná (3,92%).

A secretaria de desenvolvimento do Estado vai divulgar a sua estimativa de prévia do PIB de 2020 até o fim deste mês. A expetativa é de um resultado um pouco melhor do que o IBCR-SC. E o dado do PIB oficial do Estado em 2020 sairá daqui a quase dois anos.

Mas a retração de -1,7% é muito menor da estimativa de quase 10% prevista para o Brasil no início da pandemia pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo apuração do Observatório, no acumulado do ano passado, a Região Sul teve a maior retração, de 2,20%, seguida pelo Nordeste com queda de 2,17% e o Sudeste, que recuou 1,37%. O Norte do país, especialmente com os impactos do auxílio emergencial, atividade industrial e mineração, teve alta de 0,21% enquanto o Centro-Oeste, com o agronegócio, cresceu 0,15%. Considerando as principais economias estaduais, somente o Pará fechou o ano com resultado positivo, uma alta de 1,48%.