O Índice de Performance Econômica das Regiões de Santa Catarina (Iper-SC), novo índice apurado pela Federação das Associações Empresariais (Facisc), aponta que o Estado cresceu 7,12% em 2018. E a estimativa da entidade para o PIB catarinense é de alta de 3,2% no ano passado, mostrando que a economia catarinense foi uma das primeiras do país a voltar ao ritmo de atividade de 2014, de antes da recessão. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16) pelo presidente da federação, Jonny Zulauf, e pelo economista da entidade, Leonardo Alonso Rodrigues.

Das 12 regiões de SC incluídas na pesquisa, as que mais puxaram a alta ano passado em relação a 2017 foram o Vale do Itajaí, com 10,18% e Norte, com 8,23%. As únicas quedas foram registradas no Alto Vale do Itajaí (-1,18%), Planalto Norte (-1,09%) e Oeste (-0,21%). Também cresceram as regiões Noroeste (2,83%), Extremo Oeste (1,55%), Extremo Sul (1,50%), Grande Florianópolis (1,36%), Serra (1,01%), Meio Oeste (0,86%) e Sul (0,64%).

– É alvissareiro saber que temos um crescimento positivo, o que é bom, quando todo o Brasil patina com indicadores de 1% ou 2%, nós já temos algo acima de 7%. Obviamente não é homogêneo, mas 50% da economia de Santa Catarina, principalmente as regiões do Vale do Itajaí e o Norte do Estado, estão tendo um desempenho espetacular. Algumas regiões ainda estão a desejar, mas mostra que estamos com boa recuperação, o que é bom para o empreendedor catarinense, um ambiente bom para se investir nesse Estado – disse Zulauf.

Conforme Leonardo Rodrigues, o crescimento maior do Vale do Itajaí está sendo impulsionado pelas atividades logísticas e pela indústria, no Norte do Estado também pela indústria, setor que é o primeiro a retomar após uma recessão. Segundo ele, a retomada é mais lenta na Grande Florianópolis porque as principais atividades econômicas são o comércio e os serviços, que voltam a crescer mais tarde após uma crise. O Oeste foi afetado pela greve dos caminhoneiros, o Noroeste, na divisa com a Argentina incluindo a aduana de Dionísio Cerqueira, cresceu com investimentos em indústrias de alimentos e importações.

No caso da região do Planalto Norte, que inclui a cidade do presidente da Facisc, São Bento do Sul, o resultado foi negativo em função da performance de uma única empresa gigante, a Tuper. Ela tem entre os principais produtos tubos de aço e foi afetada pela crise da Petrobras nos últimos anos. Os demais setores estão com desempenho positivo, explica Zulauf.

O Iper 2018 foi elaborado considerando os seguintes dados econômicos e suas variações percentuais: exportações (28,04%), importações (23,19%), depósitos em poupança (4,29%), frota de veículos (3,98%), consumo de energia elétrica (2,47%), emprego nos serviços (2,37%), emprego no comércio (2,03%), emprego na indústria (1,74%), emprego na construção civil (0,06%), depósitos à vista (-0,33%), financiamento imobiliário (-1,27%), emprego na agropecuária (-2,49%) e operações de crédito (-5,91%). A Facisc busca dados de diversos órgãos oficiais e os valores bancários foram deflacionados.

Via NSCTOTAL – Coluna Estela Benetti