O comércio foi o setor que mais criou vagas em Santa Catarina no mês de outubro, com 3.089 postos de trabalho, segundo os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). O saldo de empregos formais no Estado, no mês passado, foi positivo (4.973), mas o resultado foi 58,7% inferior ao de outubro de 2013, quando foram criadas 12.050 novas vagas.

Entre os demais setores, a agropecuária ficou em segundo lugar com 1.625 vagas e o de serviços em terceiro com 1.196. Indústria (com -460 postos de trabalho) e construção civil (-477) foram os dois setores que apresentaram resultados negativos no mês.

No Brasil, houve saldo negativo de -30.283 empregos formais. Esta marca representa uma queda em relação ao mesmo mês de 2013 quando foram criadas 94.893 vagas. O resultado representa o pior desempenho para o mês desde 1999. Também no Brasil, no acumulado do ano, foram criados 699.841 novos postos de trabalho, 38,2% a menos do que nos 10 primeiros meses de 2013 (1,132 milhão).

No Estado, a baixa criação de vagas está relacionada com os indicadores econômicos, afirma a Fecomércio SC. Todos os setores, influenciados pelo forte aumento do custo do trabalho, apresentaram resultados inferiores a outubro de 2013, com exceção da agropecuária. O comércio, com as vendas fracas e as receitas aquém do esperado, teve um desempenho 36,5% menor que em igual período do ano passado. A indústria, já intensificando a adoção de férias coletivas e com a atividade em queda no estado (-1,2% no acumulado de 12 meses), reduziu sua criação de postos de trabalho e, por fim, os serviços, com um saldo de vagas de 70,6% inferior, sente os efeitos da própria desaceleração dos demais setores.

Ainda segundo a Fecomércio SC, o País e o Estado, no acumulado do ano, continuam gerando empregos, o que é positivo no cenário atual. Entretanto, continuado o processo de deterioração da economia nacional, é provável que tenhamos um ano de 2015 de fraca geração de vagas de emprego, com possível aumento da taxa de desemprego, avalia a instituição.

 

Via Economia SC