Por um ambiente sustentável

A evolução da humanidade vem acelerando dia a dia com transformações desconcertadas a ponto de se tornar preocupante e com vistas à necessidade de se retroceder. E como não se pode voltar ao estágio inicial, tem que se buscar soluções.
Nos extremos Norte e Sul, o derretimento das geleiras. Na linha do equador e regiões temperadas, a estiagem. Resultados: queda nas produções e menos alimentos nas mesas dos mais sofridos, quando chegam. Sem considerar as guerras travadas entre governos e intrigas das lideranças políticas, do poder econômico e religioso, sem base consistente. Mas como reza um ditado: “Não importa de onde o vento sopra, o importante é que a vida segue”. Contudo, as preocupações se avolumando, como as recentes queimadas na Amazônia, deram palanque para todas as ideologias. Nesse contexto, há que se considerar as preocupações que nos cercam, intensificando o esforço para encontrar caminhos na tentativa de minimizar o estrago. No linguajar popular: fazer do limão uma limonada.

No agronegócio
O setor está vigilante, de acordo com estudos da Cooperativa Agrícola de Campos Novos – Corpecampos. “A produção de suínos está cada vez mais tecnológica e eficiente, e suas ações para a promoção do setor priorizam práticas de bem-estar animal e ambientalmente corretas”. Há fortes investimentos em novos modelos de instalações e práticas de manejo, e em animais de alta performance genética, que possibilitam o crescimento sustentável da organização. Há projetos em andamento, como a geração de energia fotovoltaica, a reutilização de água e a produção do biogás a partir do dejeto dos suínos, assim como a utilização do gás no aquecimento das granjas. A responsabilidade social corporativa têm uma relação entre retorno econômico, ações sociais e conservação da natureza, unindo a prosperidade ao estado da saúde ambiental e ao bem-estar coletivo da sociedade.

Nas igrejas
As preocupações com o meio ambiente para promover o bem-estar das criaturas ultrapassam os caminhos dos interesses individuais e setoriais. A igreja católica, com forte atuação sobre a catequização dos povos desde sua colonização, toma a frente com o sínodo sobre a Amazônia. A iniciativa partiu em fevereiro de 2017, com a afirmação do papa Francisco. “O problema essencial é como reconciliar o direito ao desenvolvimento, inclusive o social e cultural, com a tutela das caraterísticas próprias dos indígenas e dos seus territórios”. Mas a reunião vai além da proposta inicial, pois a abordagem do modelo econômico de desenvolvimento atual na região vem sofrendo duras críticas. Entre os pontos a serem debatidos estão: a exploração internacional dos recursos naturais da Amazônia; o extrativismo ilegal e/ou insustentável; o desmatamento e as ameaças à biodiversidade; o aquecimento global e possíveis danos irreversíveis à Amazônia; e a conivência de governos com projetos econômicos que prejudicam o meio ambiente. A função do Sínodo dos Bispos não é propor soluções técnicas. A ideia é apresentar princípios para que os envolvidos busquem as soluções.

Setor público
A legislação ambiental tem sido um fator de intrigas entre governo, setor econômico e defensores da biodiversidade. Muito se tem falado em proteção à natureza, e também muitas são as leis, que, lamentavelmente, não são cumpridas. Eis o caso das exigências aos municipais sobre a destinação dos lixos com o intuito de acabar com os lixões. A corrupção desenfreada na comercialização ilegal de madeiras nativas. A interferência do setor público é ineficiente, sem estrutura mínima para conter essa prática prejudicial. Interesses escusos de organizações não governamentais com vistas a explorações da rica biodiversidade. A ideia da tributação verde por aqui também teve seu revés pela forma atabalhoada de implantação e pela ganância e certeza de que o poder econômico atua livremente. Tantos são os fatores que é preciso que todos se sentem à mesa para dialogar e concluir que não se pode deixar as coisas do jeito que estão sendo conduzidas. Independentemente se o aquecimento é cíclico, o certo é que é necessário buscar formas sustentáveis para preservar a vida.

Refletindo>
Aprende para ensinar, ensina para viver e vive para educar. Parabens professor. Uma otima semana!

 

Por Pedro Herminio Maria – Auditor Fiscal da Receita Estadual SC