Caminho do Sul, o mais extenso do Brasil

Iniciou ontem, no Santuário de Padre Reus, em São Leopoldo-RS, o 8º Caminho do Sul. Após a celebração da santa missa do envio, os peregrinos receberam as bênçãos dos cajados e partiram em direção à serra gaúcha. No trajeto, usufruirão de visuais como Gramado, Canela, canyons, Serra da Rocinha, na divisa dos estados, chegando em Timbé do Sul. Na bela e Santa Catarina, o cenário vai se alterando e, por uma semana, oportunizando a passagem por fazendas de gado, campos agrícolas, mata virgem, extensas praias dos mares do Sul, o histórico Farol de Santa Marta e a Laguna, terra de Anita Garibaldi e da República Juliana, até Imbituba. Terão percorrido, em 31 de março, cerca de 470 km. Na manhã do dia 1º, os que não desistiram, devido ao transporte da mochila e sem apoio, se integrarão ao grupo da 21ª Caminhada das Santas. A referência se deve à professora aposentada, sra. Eluiza Rosa de Souza, pela sobrevivência, após passar por graves complicações de saúde e, através das orações e intercessões da então Madre Paulina, obter o milagre da cura.  Nos altos dos seus 81 anos, recepciona a todos com alegria e fé, participando dos eventos litúrgicos.

Sexta santa
Novamente, agora mais movimentado e com apoio, ruma-se à localidade de São Luiz, da menina mártir e bem-aventurada Albertina Berkenbrock, por isso, caminhada das santas. Segue o trajeto com paisagens magníficas, intercalando morros, vales, rios e cachoeiras e, sobretudo, as pessoas que fazem questão de prestigiar com faixas, boas conversas e cafés à beira da estrada e, também, clamando por pedidos às santas. Ainda há momentos de descontração, oração, convivência e também, na sexta Santa, de muita emoção e gratidão na chegada ao Santuário em Vígolo, Nova Trento, onde Santa Paulina viveu. Felicitações aos caminhantes que, com força, foco e fé, irão percorrer, em 26 dias, a distância de 687 km, o trajeto de caminhada mais longo do país.

Créditos extemporâneos 
Ontem, em reunião com auditores fiscais que atuam no monitoramento das malhas fiscais, foi-lhes apresentado um novo produto referente aos créditos extemporâneos indevidos, o qual se encontra registrado em documento fiscal. Há casos em que seu aproveitamento já expirou ou foram duas ou mais vezes utilizados, entre outras fraudes. São milhões de reais que serão submetidos a pente-fino e claro; peixe miúdo não se arrisca a tanto. Logo, os espertalhões terão que prestar contas junto ao fisco. Mas tudo será devidamente esmiuçado, dando o direito ao contribuinte à sua comprovação, evitando, assim, as consequências das penalidades legais. Aguarda-se para breve o lançamento.

O nó tributário
Manifestações do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, aos deputados que analisam a proposta na Câmara que, caso o Congresso decida dar um tratamento diferenciado a alguns setores em relação ao novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a alíquota terá de ser maior para os demais setores. Podendo hoje ser de 25%, porque a ideia é manter a carga tributária sobre consumo. Segundo Appy, “quanto mais exceção tiver, quanto mais setores favorecidos, maior terá de ser a alíquota para os demais setores, para manter a carga tributária”. Não tem jeito, com lençol curto, impossível cobrir ombros e pés, simultaneamente. A criatividade terá que ultrapassar essa régua, partindo para tributar o que até então está fora, como as grandes fortunas.

Água no umbigo
Empresários do ramo têxtil apelam ao governo que intervenha em proteção ao mercado interno que vive competindo, de forma desigual, em preço e qualidade. A taxação dos importados e o banimento dos de má qualidade, os piratas, são medidas urgentes para perenes condições em concorrência legal.

Refletindo

No dia da escola, 15 de março, a frase de Pitágoras: “Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos”. Uma ótima semana!

 

Por Pedro Hermínio Maria – Auditor Fiscal da Receita Estadual de SC

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