Promessas que agradam

Candidatos ao governo seguem agressivos nas pautas de campanha, intensificando-se no segundo turno, e chegam a prometer benefícios fiscais sem conhecimento de onde irão buscar os recursos ou de quais setores remanejá-los, caso logrem êxito no pleito. Assim também almejam alterar ou até mesmo extinguir o que já se encontra implementado, por força de lei. Até 30 de outubro o discurso prospera, a partir do dia seguinte, o vencedor terá que correr atrás do tempo para, em janeiro, ou nos meses seguintes, colocar as metas em prática. Há casos em que ficam para exercícios seguintes ou, nas promessas, para quem rodou na prova das urnas. Restando-lhe colocar a viola no saco, aguardando outra oportunidade.

Em SC
Por aqui, ambos falam a mesma linguagem no que se refere à carga tributária, jurando ao empresariado que não irão elevá-la, inclusive, pretendendo reduzir, quando se fala em cesta básica. Seguem no desejo de estudar formas que barateiem os produtos ao consumidor final. É bom gravar.

14% cruciais
 
O Congresso Nacional deixou uma “batata quente nas mãos” dos governadores quando votou a Reforma da Previdência. Cada Estado ficou com a obrigação de criar a sua própria. O resultado saiu caro. Muita discussão, manifestações e negociação com o Parlamento. Não satisfeitos com a forma utilizada, servidores, principalmente, os de menor faixa salarial escolheram a forma democrática para protestar: o voto. Com a promessa de que os atuais candidatos irão revisar o que se encontra em vigor, ficam as opções de escolha. E como o dinheiro não cai do céu e as contas terão que fechar, não será tarefa fácil o cumprimento das promessas. Quanto mais, agradáveis.

Pequenos negócios
Após a quebradeira gerada pela recessão econômica e os escândalos do “petrolão”, no governo Dilma; da greve dos caminhoneiros, no de Temer; e da climática, pandemia e energética (guerras Rússia/Ucrânia), de Bolsonaro, os pequenos negócios começam a respirar, segundo demonstrações do Sebrae. Milhares de empresas estão se recompondo dando a oportunidade da geração de pequenos negócios formais no Brasil. O organismo listou dez atividades que vêm se destacando: do ramo da construção civil, passando por educação e saúde.

Fiéis da balança

Duas, das quais chamam a atenção por estarem ocupando a segunda e terceira posições, respectivamente. Se o ramo de restaurantes, bares e similares tiveram uma queda brutal nos faturamentos no período da pandemia, agora seus negócios seguem crescendo; o alto preço do diesel, depois sofrendo desoneração de tributos federais em governos diferentes, e também do ICMS dos estados, estão propiciando ao setor de transportes de cargas uma ótima perspectiva de emprego. Senhores candidatos, não se esqueçam de que esses pequenos negócios são os fiéis da balança na geração de empregos.

Refletindo
“Um dos grandes problemas que temos no Brasil é que a maioria da classe política e dos partidos é de camaleões, mudam de cor, de formato, de acordo com a situação”. Romeu Zema (Novo), governador de Minas reeleito no primeiro turno. Uma ótima semana!

 

Por Pedro Hermínio Maria – Auditor fiscal da receita Estadual de SC

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