Prevenir, a melhor atitude

Brigas de poderes são frequentes, principalmente quando se mexe com política. Nesse vai e vem das encrencas, o conhecido jargão “Nunca antes na história deste país…” ressoa pelos quatro cantos.
Cortejam-se lideranças para a composição de chapas alçando a lua de mel da campanha.  A união estável se consome até o resultado das urnas. A partir do momento em que as peças começam a ocupar os espaços e o xadrez vai se definindo, rompem-se as alianças de ocasião.

Na administração moderna, independentemente se pública ou privada, não se pode prescindir do tripé básico: planejamento, gestão e controle. Lamentável que nem todos têm esta capacidade ou “vontade” de assim proceder. Vejam o que acontece constantemente; autoridades sendo investigadas ou até submetidas ao constrangimento da prisão por envolvimentos em desvio de recursos.

Tornou-se vulgar bater bocas ou cabeças entre ocupantes das esferas de governo ou entre os próprios pares. A comunicação não flui e, quando anda, segue desconexa, com ruídos. Um verdadeiro Deus nos acuda. Chega-se ao ponto de se partir para o particular, com agressões, ofensas e outros mecanismos nada republicanos. Pior. Há seguidores defendendo, independentemente se de direta ou de esquerda, como se práticas condenáveis tivessem lado.
Inadmissível fomentar o ódio, na grande mídia ou em redes sociais. Não se pode incentivar. É preciso olhar e avaliar antes de se prestar a tal comportamento. Enquanto vidas são perdidas, desempregos aumentando e a economia se arruinando, a melhor atitude é prevenir.


E as vacinas?

Um verdadeiro paradoxo. Tão disputadas e aguardadas entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de SP, João Dória, chega-se à conclusão de que não há vencedor. E o derrotado, como sempre, o povo. Mais sinistro é que a matéria-
prima, tanto da produzida pelo Butantã como na Fio Cruz, tem origem na China, tão combatida por um e defendida por outro. E agora, JJ? Nessa discórdia, faltou a diplomacia conversar melhor com os chineses. E lá se vão mais tempo e vidas.

O adeus ao Luiz 
E por falar em pandemia, muitas vidas amigas não resistiram ao sofrimento. Assim foi com Luiz Alberto Martins, amigo de longa data, prestativo auditor fiscal com atuações nas regionais de Joaçaba, Rio do Sul e Tubarão. Luiz também carregava consigo um grande coração de bondade, socorrendo sempre, de forma espontânea, a quem precisava, e nos deixou no último domingo. Combativo nos seus argumentos, ficam nas lembranças suas prolongadas gargalhadas.

Faca nos dentes
Não será como de costume a troca de comando no mais importante país do Hemisfério Norte. Se por quatro anos Donald Trump conseguiu polemizar seu governo, não fará hoje diferente ao sair pela porta dos fundos. O que todos aguardam é que pelos próximos anos a postura de Joe Biden seja pelo caminho oposto, do diálogo e com as armas no chão.

Malhas fiscais 
A rotina dos contatos com os escritórios de contabilidade põe à prova os que ainda não iniciaram as correções, embora o prazo tenha sido prorrogado. É bom lembrar que outras malhas virão. Logo, quanto mais cedo regularizar, melhor será.

Refletindo
“Se prevenir é melhor do que remediar”, então não deixe de obedecer ao protocolo, enquanto a vacina não chega: distanciamento seguro, álcool em gel e uso de máscara. Uma ótima semana!

Por Pedro Hermínio Maria

Auditor Fiscal da Receita Estadual