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De janeiro à terceira semana do mês de  maio, as exportações brasileiras registram uma queda de 4,6% e as importações sobem 0,9%. No mês de maio, as importações foram impactadas pela compra de uma plataforma de exploração petrolífera no valor de US$ 2,7 bilhões e graças a ela foi possível registrar uma alta inferior a 1%.. Uma analise comparando os meses de maio de 2020 e de 2019, mostra queda de 1,5% nas exportações e cotação de 8.2% nas importações.  Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

Ao comentar os dados da balança comercial brasileira no consolidado de 2019 e em especial os números registrados até a terceira semana de maio, o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, afirmou que “em termos de quantidade, exceto soja que sobe, mais  a carne bovina, carne de frango que também estão subindo, os demais produtos estão caindo. No acumulado, temos uma queda de quantidade em todos os itens, de uma forma geral. Até o final do ano é muito difícil prever, mas tudo indica que o cenário, infelizmente, não deve melhorar muito. Pode minorar, mas não melhorar completamente”.

José Augusto de Castro se nega a fazer estimativas sobre a balança comercial brasileira, principalmente em um ano no qual todo o comércio mundial é afetado pela pandemia de Covid-19. Cauteloso, ele se limita a dizer que “os dados disponíveis até a terceira semana de maio indicam quedas tanto nas exportações  e uma ligeira alta de 0,9% nas importações, devido à aquisição de uma plataforma petrolífera. Confesso que neste momento não me sinto seguro de fazer projeções, porque  o cenário ainda está muito volúvel. Então é difícil estabelecer um parâmetro e afirmar alguma coisa.

A mesma prudência leva o presidente da AEB a analisar com reserva a forte alta nas exportações de soja. Segundo ele, “o forte aumento que está ocorrendo agora de embarque de soja pode não ser efetivamente aumento de quantidade, mas sim de antecipação de embarque mas nós só vamos saber disso no inicio de setembro ou em outubro, quando será possível saber se acabaram os embarques ou se continuam subindo. Por enquanto é aumento, mas pode ser antecipação de embarques”.

Via Comex do Brasil