A arrecadação federal de impostos registrou alta real de 1,28% em abril, em relação a um ano antes, e chegou a R$ 139,030 bilhões. Na série atualizada pela inflação, o resultado representa o melhor desempenho para o mês em cinco anos. Os dados são da Receita Federal.

Esse é o segundo mês de aumento real nas receitas totais em 2019. Em janeiro, houve queda real de 0,66%, perante igual mês do calendário anterior. Em fevereiro, houve aumento real de 5,36% e, em março, queda real de 0,58%.

A receita com impostos e contribuições mostraria em abril uma alta nominal (sem correção inflacionária) de 6,29% frente um ano atrás.

Considerando somente o valor arrecadado com tributação, nas receitas administradas pela Receita, houve queda real de 0,34% na comparação com um ano atrás, para R$ 127,999 bilhões. Em termos nominais, teria alta, de 4,59%.

Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 11,03 bilhões em abril, aumento real de 24,82% na comparação com o mesmo mês de 2018. Em termos nominais, essas receitas subiriam 30,98% em abril, frente um ano antes.

De janeiro a abril, a arrecadação chegou a R$ 524,371 bilhões. O valor representa crescimento real de 1,14% contra mesmo período do ano anterior. Em valores nominais, o aumento foi de 5,46%.

Na série atualizada pela inflação, o desempenho de janeiro a abril é o melhor para o período em cinco anos.

Desonerações

A Receita apontou ainda que o governo deixou de arrecadar R$ 7,927 bilhões em abril devido a desonerações tributárias. No mesmo período de 2018, o governo abriu mão de R$ 6,891 bilhões.

Somente com Simples e MEI, o governo deixou de receber R$ 1,25 bilhão em tributos. Além disso, a desoneração da cesta básica contribuiu para uma redução de R$ 1 bilhão na arrecadação e da folha de pagamentos, mais R$ 684 milhões.

No quadrimestre, as desonerações tributárias somaram R$ 31,994 bilhões, valor superior aos R$ 27,578 bilhões apurados um ano antes.

De janeiro a abril, com a desoneração da folha de pagamento, o governo deixou de arrecadar R$ 2,874 bilhões, ante R$ 3,906 bilhões do mesmo período de 2018.

 

Via Valor Econômico