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O governador eleito, importante pontuar, não dá pra dizer que mergulhou, submergiu, mas não está se expondo em excesso

Panorama estadual

Diferentemente do contexto federal, a transição de governo no Estado tem sido harmoniosa. Isso que no primeiro turno da eleição local, Jorginho Mello, o governador eleito de Santa Catarina, e Moisés da Silva, o atual gestor, trocaram duríssimas farpas. E até protagonizaram trocas de acusações publicamente em debates. O clima chegou a ficar indigesto.

Realidade eleitoral e de disputa que não está comprometendo o processo sucessório, conduzido de forma republicana e adequada.

O governador eleito, importante pontuar, não dá pra dizer que mergulhou, submergiu, mas não está se expondo em excesso. É cauteloso, no que faz muito bem, aliás.

O catarinense acabou assumindo uma postura mais cadenciada. Em recente agenda na Fiesc, ele reiterou que não vai anunciar qualquer nome de seu colegiado antes de dezembro. Especulações fazem parte. Dele, que é o que vale, não vazará nenhum nome antes do anúncio oficial.

Natural

Obviamente que o eleito está fazendo sondagens, e até convites, mas sem alarde. Com equilíbrio e bom senso.

Conexão com a sociedade

Jorginho Mello repetiu que recriando a Secretaria de Ciência e Tecnologia, a ideia é que o indicado parta da Acate, associação das empresas de tecnologia. Da Agricultura, o novo titular também viria das entidades do setor produtivo, do exemplar cooperativismo catarinense, que é de excelência.

Indústria e comércio

A Fiesc, a mais importante federação empresarial do estado, poderia inclusive indicar o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, ou outra nomenclatura que possa ter a pasta. Especula-se que este segmento do governo venha a ser batizado de Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços.

Cadência
Além dessa questão da montagem da equipe, o que se vê claramente é um Jorginho Mello se preservando. Corretamente. Mais observa o cenário. Faz suas conversas, articulações e não se expõe em excesso.

Cofre

Obviamente que ele também está se aprofundando na situação financeira de Santa Catarina. Tudo indica que ele vai pegar o Estado redondo sob o aspecto fiscal.

Repeteco

A exemplo do que ocorreu com Luiz Henrique da Silveira em 2003. Esperidião Amin não contava com a derrota no pleito de 2002. Projetava um terceiro mandato e acabou entregando a máquina absolutamente saneada ao sucessor.

Nome chave

Mesmo assim, por óbvio, que um nome muito aguardado nos meios políticos e empresariais catarinenses é o do novo titular da Fazenda. Jorginho reafirmou, também, que não vai preservar nenhum dos atuais titulares do colegiado estadual.

Perfil

O nome fazendário será alguém com perfil híbrido, digamos assim. Terá que ter qualidade técnica, naturalmente, bom trânsito entre os pares, mas também que tenha desenvoltura junto aos políticos, o que já descartou, de cara, o atual inquilino da chave do cofre, Paulo Eli. Ele é eminentemente técnico.

Na moleira

Segue trecho da nota emitida pela Fiesc esta semana ante o gravíssimo quadro nacional: “Diante do grave momento que vivemos, registramos nossa preocupação frente às declarações que sinalizam a falta de compromisso com a responsabilidade fiscal, que tem consequências econômicas e sociais desastrosas, como a inflação, a redução da competitividade e o aumento do desemprego. Da mesma forma, manifestamos nosso inconformismo com a reiterada relativização da garantia constitucional de livre manifestação.”

Via SCC10