Em Santa Catarina, a tragédia do desemprego chegou primeiro do que a crise na Saúde. A calamidade pública real, de fato, até o momento, foi divulgada pelo Sebrae/SC nessa quinta-feira (2) com a confirmação de 148 mil trabalhadores que perderam seus empregos. Foram 2,1 mil empresários ouvidos que demitiram, em média, dois funcionários. Apenas 20% dos entrevistaram dispensaram colaboradores. É um percentual que preocupa. Os outros 80% vão resistir por quanto tempo?

O custo é econômico para preservar vidas. É o que precisa ser feito. O que está faltando é a ajuda financeira chegar para impedir mais demissões e atender quem está sem renda. A demora federal é injustificável.

O terror da Europa e Estados Unidos ainda não chegou aqui. Desde 21 de janeiro, foram mais de 1 milhão de pessoas infectadas no mundo e mais de 54 mil mortos. O noticiário que vem da Itália (13.915 mortos), Espanha (10.935 mortos) e de Nova Iorque (1.562 mortos) assusta.

Ainda há, entre nós, uma parcela da sociedade acreditando que aqui não será assim e que as medidas restritivas não fazem sentido. Espera-se que ela tenha razão. Mas a recomendação da maioria das autoridades médicas, sanitárias, científica dizem o contrário e apelam pelo isolamento social . Santa Catarina acolhe o pensamento científico para impor a restrição. Os próximos meses vão dizer se as medidas foram adequadas ou não.

As mortes são sempre mais terríveis, isso não se discute. Mas também temos que analisar as 148 mil pessoas que ficaram sem trabalho como um problema a ser enfrentado neste momento. Até agora, em Santa Catarina, o único colapso existente é o do desemprego. Se o da Saúde irá acontecer, temos que acompanhar.

Via NSCTotal – Coluna Renato Igor