Apesar dos estragos da paralisação dos transportes que durou mais de 10 dias e afetou toda a terceira semana de maio, Santa Catarina conseguiu manter um bom desempenho médio nas vendas reais da indústria nos cinco primeiros meses do ano, quando obteve alta de 9,8% frente ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Em maio, o setor enfrentou uma retração média de 10,06% frente a abril. Na comparação com o mesmo mês de 2017, as vendas tiveram uma queda de 2,44%. Os resultados de SC foram melhores que os do Brasil, que teve crescimento de 3,1% em maio frente ao mesmo período de 2017 e uma queda de 16% na comparação com o mês imediatamente anterior. 

Desde maio do ano passado, o resultado mensal frente ao mesmo mês do ano anterior não era negativo. Dos 14 setores pesquisados pela federação, cinco tiveram alta no ano e no mês. O líder em crescimento no Estado foi o setor de vestuário e assessórios, que cresceu 35,2% nos cinco primeiros meses do ano frente ao mesmo período de 2017 e, em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, teve alta de 19,4%. 

Os produtos alimentícios cresceram 22,3% nos cinco primeiros meses de 2018 e em maio frente ao mesmo período do ano anterior cresceu 21,72%. Outro destaque do ano foi o setor metalúrgico, que cresceu 22,8% até maio e 0,3% nesse mês frente ao mesmo do ano anterior. Os setores de metalurgia, com alta de 11,7% em cinco meses e 6,4% em maio frente ao ano passado; e veículos, reboques e carrocerias, com 11,4% no ano e 2,8% em maio também conseguiram resultado azul nas duas comparações. 

Entre os setores que foram bem no ano, mas foram afetados pela paralisação dos caminhoneiros, estão o de máquinas e equipamentos, que teve alta de 10,8% em cinco meses, mas caiu 1,8% em maio frente ao mesmo mês do ano anterior, e o de móveis, que teve alta de 10,3% no ano, mas caiu 9,4% em maio. Dos 14 grupos, apenas dois tiveram resultado negativo de janeiro a maio: borracha e material plástico (-0,6%) e papel e celulose (-5,2%). Como a greve acabou no início de junho, os números desse mês deverão vir melhores, mas ainda afetados por essa paralisação.

 

Crescimento de 18% 

Uma das indústrias que estão crescendo acima da média com a retomada da economia brasileira é a Olsen, produtora de equipamentos odontológicos e médicos de Palhoça. Com mais vendas no mercado interno, projeta fechar 2018 com crescimento de 18%. Segundo o presidente da companhia, Cesar Augusto Olsen, um dos produtos especiais é o equipamento que vai atender a base brasileira de pesquisas na Antártida, a Comandante Ferraz, que está sendo reconstruída após incêndio. A Olsen, que já exportou para mais de 100 países, está com um representante forte, com 18 filiais, na terra da Copa, a Rússia.  

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti