Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar os juros nesta quarta-feira (4)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (4) aumentar a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano. Este é o décimo aumento seguido da taxa, que chegou ao maior patamar em cinco anos. Em janeiro de 2017, a Selic estava em 13% ao ano.

O atual ciclo de alta da Selic teve início em março de 2021. No último boletim Focus, em que o BC mede a expectativa do mercado financeiro, a projeção é de que a taxa básica encerre 2022 em 13,25% ao ano.

O objetivo da alta nos juros é tentar conter a escalada da inflação que segue pressionada principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis. Em março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, foi de 1,62%, maior taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.

Ao comunicar o aumento da taxa Selic nesta quarta-feira, o Copom destacou que “a inflação ao consumidor seguiu surpreendendo negativamente”.

A inflação de Florianópolis, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor calculado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc/Esag), fechou março com alta de 1,21%, também puxada pelos transportes e alimentos.

Como a alta na Selic afeta os investimentos

Com mais uma alta da Selic, os investimentos em renda fixa ficam ainda mais atrativos. É o caso, por exemplo, dos títulos do tesouro direto e os CDBs (Certificados de Depósito Bancário). Isso porque a taxa básica de juros serve como base para a remuneração da maioria dos investimentos de renda fixa.

Por outro lado, a alta da Selic desestimula os investimentos de renda variável, como as ações negociadas na Bolsa de Valores, que são ativos de mais risco. Com a renda fixa garantindo um bom rendimento, os investidores tendem a colocar o dinheiro onde há mais garantia de lucros, com mais segurança.

Via Diário Catarinense