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A exemplo do Brasil, Santa Catarina registrou desempenho acima do esperado em março no setor de serviços. Em volume, o Estado cresceu 4,2% frente ao mês anterior na série com ajuste sazonal, com destaque para as atividades turísticas, que lideraram o crescimento nacional nessa comparação, com alta de 11,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.

Santa Catarina também registrou alta no volume de serviços de 7,7% em relação a março do ano anterior, de 4,4% no acumulado deste ano e de 13,3% no acumulado dos últimos 12 meses.

O Brasil alcançou crescimento de 1,7% em março frente ao mês anterior, de 11,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, 9,4% no acumulado deste ano e 13,6% nos últimos 12 meses até março.

O grupo de serviços para as famílias, que inclui hotéis e restaurantes, teve alta de 66% em março frente ao mesmo mês de 2021. Essa variação está alinhada ao crescimento superior a 200% na ocupação dos hotéis, como mostrou o sindicato do setor na Grande Florianópolis.

O grupo de serviços de informação e comunicação cresceu 11,5% ante o mesmo período do ano passado, o grupo de outros serviços avançou 7,8% e os transportes e correios, 6,4%. A única retração, de -18,1% foi no grupo de serviços profissionais, administrativos e complementares.

Nas atividades turísticas, além de liderar o crescimento na série com ajustes em março frente a fevereiro (11,8%), o setor, em SC, cresceu 82% frente a março do ano passado, 35,3% no acumulado deste ano e 40,85 nos últimos 12 meses. No Brasil, em março o crescimento ficou em 4,5% ante o mês anterior, avançou 75,6% em relação a março de 2021, 42,2% no acumulado do ano e 48% em 12 meses.

Os dados catarinenses mostraram que o controle da Covid-19 com as vacinas deu tranquilidade às pessoas para voltarem a se descolar no Estado, a frequentar hotéis, bares e restaurantes, além de viajar mais, apesar do peso da inflação. Também teve o impacto da retomada presencial das aulas e fim de férias. O recuo do grupo de serviços profissionais retrata o impacto da inflação, ou seja, pessoas e empresas, estão deixando de contratar serviços especializados porque o orçamento ficou mais curto.

Olhando para os próximos meses, a expectativa é de que os serviços sigam como o setor com melhor desempenho em SC porque o Estado tem a menor taxa de desemprego do país.

No cenário externo, o conflito Rússia-Ucrânia deverá seguir até o fim do primeiro semestre enquanto os juros altos nos países desenvolvidos para conter a inflação podem derrubar o preço do petróleo e elevar o dólar, o que seguirá afetando a inflação brasileira.

Para o segundo semestre, a instabilidade no câmbio pode vir em função da campanha eleitoral, apesar de uma parte dos analistas avaliarem que independentemente de quem vencer o pleito, não haverá importante mudança nas bases da economia brasileira.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti