Pelo sexto ano consecutivo, Santa Catarina mantém a segunda posição no Ranking de Competitividade dos Estados. Isso foi possível com os primeiros lugares em Segurança Pública, Sustentabilidade Social e Eficiência da Máquina Pública, três dos 10 pilares analisados pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e Tendências Consultoria. O único recuo do Estado foi em Capital Humano.

O levantamento, divulgado nesta terça-feira, traz São Paulo no topo do ranking mais uma vez, posição que manteve nas 11 edições. O estudo analisa 86 indicadores definidos pelo Fórum Econômico Mundial, agrupados nos pilares de Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação. O destaque positivo de SC neste ano foi ter alcançado a liderança em Eficiência da Máquina Pública, pilar em que estava em segundo lugar em 2021. Também avançou três posições em Potencial de Mercado e uma posição em Infraestrutura. Um alerta foi a queda no pilar Capital Humano, com recuo de nove posições, ficando em 24º lugar.

De acordo com o coordenador de Competitividade do CLP, Lucas Copeda, entre os indicadores que levaram SC à liderança em Eficiência da Máquina Pública estão o primeiro lugar em produtividade dos magistrados e servidores do Judiciário, e a elevada participação de mulheres no emprego público estadual. Sobre o recuo de SC em Capital Humano, que envolve educação e mercado de trabalho, Lucas Copeda diz que este é um pilar difícil, porque depende de diversas variáveis e de resultados de outros estados. – A piora de SC nesse pilar ocorreu principalmente devido à mão de obra ser relativamente cara no Estado. E também caiu a população economicamente ativa com ensino superior. Foram dois indicadores que registraram quebra e prejudicaram a performance do Estado de uma forma geral nesse pilar – explicou Lucas Copeda. Vinte e três estados participam do ranking e o empenho de todos é melhorar gradativamente nos indicadores que seguem parâmetros de EGS e ODS. Os dados são utilizados tanto pelo setor público quanto privado para atração de investimentos. O presidente do CLP, Tadeu Barros, alerta que somente um ecossistema de gestão pública baseado em dados e evidências pode gerar a transformação esperada. Essa evolução, segundo o CLP, pode contar também com a colaboração do setor privado e do terceiro setor.

Via NscTotal-Coluna Estela Benetti