Número foi o maior desde 2016 e teve aumento de 22,9% em relação a 2020, segundo dados da Junta Comercial

Santa Catarina abriu 205.374 empresas em 2021, de acordo com dados da Junta Comercial do Estado. Esse é o maior número desde 2016 e foi 22,9% maior do que em 2020, quando o total foi 167.064. O setor de destaque foi o comércio (varejo e atacado) e reparação de veículos.

Do total de empresas abertas, 75% são Microempreendedores Individuais (MEIs). A recuperação da economia e as mudanças que a pandemia provocou incentivaram mais pessoas a abrirem novos negócios, segundo o professor de Administração Empresarial da Udesc/Esag, Reinaldo Coelho. Além disso, Santa Catarina é um lugar que acolhe empreendedores e tem diversos programas de incentivo.

— Santa Catarina tem vivenciado um incentivo muito grande para o empreendedorismo, com esse movimento de startups e ecossistemas de inovação. A gente teve com a pandemia também uma grande aceleração da transformação digital, e com isso surgiram inúmeras oportunidades de negócios digitais, como e-commerce e vários aplicativos — destaca o economista. 

As principais cidades do Estado foram as que mais abriram empresas no ano passado: Florianópolis (23.637), Joinville (17.423) e Blumenau (11.138). 

Em relação aos setores, o comércio (varejo e atacado) e reparação de veículos automotores e motocicletas foi destaque. A categoria abrange os mais diversos negócios, como supermercados, lojas de roupas, postos de gasolina e farmácias.  

Veja ranking de setores 

  • Comércio (varejo e atacado) e reparação de veículos: 49.645 empresas
  • Indústrias de transformação: 23.755 empresas
  • Construção: 20.246 empresas
  • Alojamento e alimentação: 17.277 empresas
  • Atividades profissionais, científicas e técnicas: 16.541 empresas

Fonte: Junta Comercial de Santa Catarina (JUCESC)

Para o economista Reinaldo Coelho, o comércio atrai empreendedores pois é algo mais fácil de ser estruturado, e não costuma exigir tanto capital. Ao contrário de uma indústria. Em relação ao setor de reparação de veículos, ele explica que os efeitos da pandemia contribuíram para essa área ser mais atrativa. 

— A gente observou que com a pandemia houve uma crise muito grande na logística internacional, que fez com que faltassem insumos na cadeia automotiva, e a gente observou um desabastecimento do mercado de veículos novos, o que provocou aumento na demanda por carros usados. Com isso aumentou a demanda também por reparos nesses carros, o que provavelmente motivou muita gente a abrir negócios nessa área — explica.

Via Diário Catarinense