O avanço acelerado de inovações disruptivas ou não no mundo digital e fora dele exige atitude pró-ativa para sobreviver e ampliar negócios. Para a maioria das cerca de 40 entidades que integram o Pacto pela Inovação de Santa Catarina, o Estado, que já é referência nacional, tem condições de ir além e se tornar um dos melhores do mundo no setor até 2030, ou seja, daqui a apenas 11 anos.

Para isso, é preciso que a tríplice hélice – integrada por empresas, instituições de ensino e o setor público – siga unida e invista mais rápido. Essa meta ousada foi destacada em reunião do Pacto pela Inovação, ontem, no Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados, no Sapiens Parque, por lideranças do setor com a imprensa.

Entre os que participaram no evento de quarta-feira estava o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Daniel Leipnitz, para quem o setor será a maior economia do Estado em cerca de 10 anos. Segundo ele, o Pacto deve priorizar mecanismos para incentivar o empreendedorismo no setor, com geração de emprego e renda. Ele avalia que a união pelo Pacto torna o setor mais forte e imprime rapidez na busca dos objetivos.

O coordenador do Pacto pela Inovação, Jean Vogel, considera que o Estado é o único do país com um setor de tecnologia desenvolvido e com um projeto em andamento para a instalação de 13 centros de inovação em diversas cidades do Estado. Coordenador do projeto de implantação desses centros até recentemente, ele disse que apesar do atraso – só dois centros estão operando, o de Lages e o de Jaraguá do Sul – muitos avanços acontecem por meio da integração dos envolvidos.

Ele explica que as obras dos centros de inovação atrasaram não por falta de recursos, mas porque algumas empresas que ganharam a licitação entraram em crise e não puderam dar continuidade. Mas é um projeto que une o ecossistema de inovação. 

O diretor do Senai/SC, Jeferson de Oliveira Gomes, chamou a atenção sobre a importância de expandir os setores de tecnologia e inovação. Aproveitou para fazer comparação de valores. Informou que, em média, as exportações brasileiras têm valor de US$ 5 a US$ 55 por quilo.

O nanossatélite que está sendo construído no Instituto Senai de Inovação em Florianópolis terá valor de US$ 55 mil por quilo. Na avaliação do superintendente da Fundação Certi, José Eduardo Fiates, SC já conta com maturidade em inovação e tem avançado em convergência e criatividade. Para Natalino Uggione, que atua no grupo de trabalho do Pacto, é preciso investir mais em formação de pessoal porque o setor de TI enfrenta falta de profissionais qualificados. 

 

Via NSCTotal / Coluna Estela Benetti