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Total exportado foi de 11,1 bilhões de dólares entre janeiro a novembro, segundo dados da Fiesc

Santa Catarina bateu recorde de exportações em 2022, atingindo um total de 11,1 bilhões de dólares entre janeiro a novembro, o maior valor da série histórica, iniciada em 1997. Os dados do balanço econômico catarinense foram divulgados pela Federação das Indústria do Estado de SC (Fiesc) em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (7).

A média mensal de exportação em 2022 foi de 1 bilhão de dólares, com isso, a expectativa é atingir cerca de 12 bilhões de dólares até o final do ano, quando for contabilizado o total de dezembro segundo o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

— Certamente as chuvas da última semana retardaram um pouco as nossas exportações, e pode ser que a gente não alcance 1 bilhão de dólares em dezembro […] A nossa expectativa é de 12 bilhões de dólares ao final do ano, talvez um pouco menos pela condição climática, mas próximo disso — destacou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

Entre os produtos exportados, o destaque deste ano foi para o crescimento de 26% na exportação de produtos intensivos em tecnologia, como Motores elétricos, Pigmentos e Partes para máquinas e motores, exportados tanto em países da Europa como também para as Américas.

As carnes de aves e suínos seguem entre os produtos mais exportados do Estado e representaram 15,9% e 11% do total de exportações, respectivamente. Na sequência, aparecem motores elétricos (5,9%), soja (5,7%) e partes de motor (4,6%).

O Estado também bateu recorde de importações em 2022, que totalizaram 26,6 bilhões de dólares entre janeiro e novembro. Cobre refinado e semicondutores estão entre os produtos mais importados, utilizados na indústria catarinense.

Queda na produção industrial

Enquanto no ano passado a indústria catarinense foi a que mais cresceu no Brasil, em 2022 a produção teve queda de 3,9% entre janeiro e setembro, e deve fechar o ano no negativo.

A produção de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos e automóveis, teve desempenho negativo principalmente pela alta taxa de juros (13,75% ao ano), conforme o economista-chefe da Fiesc, Pablo Bittencourt. Por outro lado, a produção da indústria de alimentos e construção civil tiveram crescimento neste ano.

Perspectivas para 2023

O desempenho positivo da economia catarinense em 2023, que segue com a menor taxa de desemprego do país (3,8%), estará condicionado à questão fiscal do Brasil, assim como ao cenário internacional, destacou o presidente da Fiesc. Será preciso monitorar a trajetória da taxa de juros brasileira, o desempenho das economias da Europa, Estados Unidos e China e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

A melhoria das rodovias catarinenses foi mais uma vez citada pelo impacto negativo na competitividade do estado e como item importante para internacionalização de Santa Catarina, aumento de exportações, e consequentemente expansão da economia.

Via Diário Catarinense