Para Fabiano Dadam, apesar do Estado de Santa Catarina receber cada vez menos recursos da União, há continuidade no avanço dos números da arrecadação, o que demonstra a eficácia da metodologia de trabalho da Diretoria de Administração Tributária e a eficiência de seus servidores

Nos meses de janeiro e fevereiro, a arrecadação tributária de Santa Catarina teve um crescimento de 10,9% e 9,2%, respectivamente, em relação aos mesmos meses de 2017, um desempenho superior ao do Rio Grande do Sul, que cresceu 7,06% em janeiro e 6,42% em fevereiro deste ano. Na arrecadação do ICMS, principal tributo estadual, o Fisco gaúcho apresentou em janeiro um crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior, no entanto, em fevereiro, a queda registrada foi de 4% na comparação com 2017, já ajustado o IPCA. Em Santa Catarina, o recolhimento do ICMS foi maior em 2018 nos dois meses, 9,5% em janeiro e 6,2% em fevereiro.

Presidente do Sindifisco-SC, o auditor fiscal Fabiano Dadam lembra que matéria da revista Exame do final de janeiro deste ano (http://abr.ai/2nMezce), que destacava o avanço da atividade econômica em Santa Catarina, o maior do Brasil em 2017, esquecia de mencionar que o Estado tem a menor carga fiscal, o que ajuda, e muito, a explicar os indicadores positivos. “Diferente dos seus vizinhos, que aumentaram as alíquotas de vários produtos como combustíveis e energia elétrica, Santa Catarina não aumentou a sua carga tributária e, mesmo assim, graças ao empenho e à eficiência do trabalho dos auditores fiscais catarinenses e da Secretaria da Fazenda, a arrecadação estadual foi a que mais cresceu entre as três unidades da federação no Sul do país”, afirma Dadam.

No Rio Grande do Sul, o crescimento de arrecadação foi de 4,85% em 2017, enquanto que no Paraná, que ainda não disponibilizou a totalidade de seus números, o aumento do recolhimento de ICMS foi de 3% (já descontada a inflação). Em Santa Catarina, a arrecadação de 2017 atingiu R$ 22,6 bilhões, um aumento nominal de 9% em relação ao ano anterior e bem acima da inflação estimada em 2,83%. A receita de ICMS foi de R$ 19,11 bilhões (79,16% da tributária bruta), crescimento real de 11,1%. O desempenho catarinense supera também o aumento nominal do percentual da arrecadação federal em 2017, que foi de apenas 4,07%.

Os números indicam também que, apesar dos sinais significativos da retomada do crescimento da economia catarinense (menor taxa de desemprego, de 6,7%; e o maior crescimento de vendas varejo, com 14,2%), há um descompasso entre a taxa de crescimento do PIB de Santa Catarina, no período de setembro de 2016 a setembro de 2017, que foi de 1,75%, e a performance das receitas próprias administradas e fiscalizadas pelos Auditores Fiscais da Receita Estadual, que teve elevação de 8,51%, uma diferença de 6,76%  que resulta da  aplicação eficaz da metodologia de trabalho da Diretoria de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda e de sua equipe. Apenas para efeitos de comparação, o crescimento estimado do Produto Interno Bruto do Brasil em 2017 foi de 0,89%.

Porém, de acordo com Fabiano Dadam, ao mesmo tempo em que arrecada mais e tem uma retomada no nível de atividade econômica, Santa Catarina recebe menos da União. Segundo os dados do Tesouro Nacional, os repasses de recursos federais para o Estado, entre 2016 e 2017, caíram 8,64%. “Essa redução evidencia a necessidade urgente de revisão do pacto federativo, com uma reforma tributária que possibilite um verdadeiro equilíbrio fiscal entre os entes federados e reduza a excessiva concentração de recursos com a União. Uma reforma que garanta recursos e fontes de financiamento para a prestação de serviços públicos, como saúde e previdência, para os catarinenses e todos os cidadãos brasileiros”, diz o presidente do Sindifisco-SC.

 

Via Larissa Linhares Comunicação – Assessoria de Comunicação Sindifisco 

Publicado no Jornal Notícias do dia em 18/03/2018