O Brasil fechou o primeiro trimestre do ano com queda de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado mostra o início dos danos causados pela pandemia na economia do país, apesar de as perdas terem ocorrido apenas na última quinzena de março em função do começo do isolamento social.
Isso significa que recuos ainda maiores da economia serão enfrentados este ano. O mercado, segundo o último boletim Focus, projeta retração de 5,89% para o PIB nacional em 2020. O PIB estadual não sai agora, mas o IBCR-SC, indicador do Banco Central, já mostra danos da pandemia no Estado.
Dos principais setores econômicos que integram o PIB nacional, apenas a agropecuária cresceu no primeiro trimestre do ano frente ao anterior, com alta de 0,6%. Os serviços, que respondem por 74% da riqueza do país, caíram 1,6% na mesma comparação, e a indústria recuou 1,4%.
A surpresa positiva do PIB do primeiro trimestre foi o crescimento de 3,1% da Formação Bruta de Capital Fixo, que é a base da taxa de investimentos. Os economistas estimavam alta em torno de 0,5% porque no último trimestre do ano passado esse indicador caiu 2,7%. Investimento é o que gera crescimento de emprego e renda.
Economia de Santa Catarina
Os dados do PIB estadual saem oficialmente dois anos depois, mas a economia catarinense foi bastante afetada pelo isolamento social iniciado em 18 de março.
O índice de Atividade Econômica Regional de Santa Catarina (IBCR-SC), que é considerado uma prévia do PIB, já divulgado pelo Banco Central, teve queda de 7,06% em março frente a abril. No primeiro trimestre, segundo o indicador, a queda da economia de SC ficou em -0,7% frente ao mesmo período do ano passado, maior que a retração brasileira na mesma comparação segundo o IBGE, que ficou em 0,3%.
O resultado do ano vai depender de muitas variáveis, mas economistas acreditam que SC pode ter resultado um pouco melhor que o do Brasil por ter forte agronegócio exportador e uma economia mais diversificada. Parte das empresas segue investindo.
Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti