O Estado encerrou 2019 com crescimento de 2,2% na produção industrial, a 6ª colocação nacional. Em dezembro frente ao mês anterior, teve retração de -0,7% e na comparação com o mesmo período de 2018 teve alta de 1,1%. Os dados são da Pesquisa Mensal Industrial (PMI) do IBGE. Eles mostram que a indústria catarinense começou o ano de 2019 com crescimento mais estável, embora baixo, mas foi perdendo fôlego ao longo do ano, principalmente sob o impacto do desempenho tímido da economia brasileira.

Os maiores destaques positivos da indústria catarinense ano passado frente ao ano anterior foram os setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,7%), produtos de metal (6,6%), veículos e reboques (4,1%) e alimentos (3,3%). Tiveram resultados negativos as indústrias de metalurgia (-2,8%), confecções (-0,9%), borracha e plástico (-0,6%), têxteis (-0,5%) e minerais não metálicos (-0,2%). Também cresceram, embora em menor ritmo, máquinas e equipamentos (1,6%), celulose e papel (1,4%), e madeira (1,2%).

O Brasil fechou o ano de 2019 com queda de 1,1% na produção industrial, teve retração de 0,7% em dezembro frente ao mês anterior e de 1,2% na comparação com o mesmo mês de 2018, conforme o IBGE. O Paraná liderou o crescimento nacional ano passado, com alta de 5,7%, seguido por Amazonas (4%), Goiás (2,9%), Rio Grande do Sul (2,6%), Rio de Janeiro (2,3%) e SC (2,2%).

A principal indústria do Estado, a de confecções, teve retração devido ao inverno curto que afetou a produção anual, economia nacional fraca e dificuldades para exportar para a Argentina. Outros setores também foram afetados pela economia fraca e menores vendas para a Argentina.

Para este ano, a indústria catarinense aposta na recuperação da economia nacional para ter melhor desemprenho. A fraca demanda mundial e o problema do coronavírus devem dificultar resultados melhores.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti