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Em alta por uma série de fatores nacionais e internacionais, com destaque para os combustíveis e energia, a inflação não tem dado trégua. A taxa oficial do país, o IPCA, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, teve alta de 1,25% em outubro e variação acumulada de 10,67% em 12 meses. A inflação de Florianópolis, medida pelo ICV da Udesc-Esag, subiu 1,63% em outubro e 10,63% em 12 meses. Mas o consumidor está reagindo contra a alta de preços do jeito que pode, mostra pesquisa feita pela Fecomércio-SC. Dos entrevistados, 66% informaram que estão fazendo pesquisa de preços.

O levantamento apurou também que 38% reduziram a compra de algum produto ou serviço e 30,9% estão fazendo menos refeições fora de casa. Além disso, 30,5% passaram a diversificar os locais de compra e buscar promoções, enquanto 29,8% decidiram ir menos aos supermercados.

Evitar ou adiar a compra de produtos e serviços mais caros é uma forma direta que o consumidor tem de pressionar contra a alta de preços. Isso ajuda a reduzir preços gerais não fixados por indicadores, os chamados preços livres, colaborando para o recuo da inflação.

Se o consumidor antecipa compras, ele está mostrando para lojas e fornecedores que a demanda está alta, por isso esses estabelecimentos ficarão mais à vontade para elevar preços. É claro que em fase de inflação alta, tem quem prefere antecipar compras para evitar pagar mais caro na próxima semana. Mas se a pessoa puder esperar um pouco, ajudará a combater a inflação.

A expectativa é que inflação brasileira vai cair mesmo quando a oferta de produtos em falta melhorar junto aos fornecedores globais e locais e, também, quando a política monetária do governo, de juros mais altos, reduzirá a demanda, pressionando preços para baixo. A expectativa é de que os preços passem a cair mais no ano que vem.

Via NSCTotal – Coluna estela Benetti