Responsável pela fiscalização de uma área que abrange 83 municípios, a 8ª Gerência Estadual da Fazenda em Chapecó enfrenta tempos difíceis. A gerência atende também a região de São Miguel do Oeste cuja gerência foi extinta no ano passado, junto com outras quatro, em decisão unilateral do Governo do Estado. Há dez anos, eram 35 auditores fiscais, dos quais 18 atuavam na fiscalização de mercadorias em trânsito, trabalho que foi completamente encerrado por falta de pessoal. Hoje, dos 15 fiscais que trabalham na 8ª, contando o gerente, um está à disposição do Gaeco e seis estão aptos a se aposentar a qualquer momento. Na parte administrativa hoje são somente três servidores. Em São
Miguel do Oeste, há duas funcionárias administrativas, ambas com tempo para aposentadoria.

Colapso
De acordo com o gerente regional da Fazenda estadual, Luciano Trevisan, há muitas reclamações de contribuintes pela demora no andamento de processos e falta de gente para atender. “Em fevereiro não teremos ninguém no administrativo, portanto, sem condições para atender o público, recepcionar processos, fazer parcelamentos. É o colapso da repartição”, desabafa.

 

Servidores
Concursados aguardam convocação pelo Governo do Estado. A abrangência da Regional da Chapecó inicia em Ponte Serrada e vai até Dionísio Cerqueira, na fronteira com a Argentina e divisa com o Estado do Paraná, e segue do outro lado os municípios de Itapiranga e Mondai, divisa com o Estado do Rio Grande do Sul. “É uma unidade que cobre um corredor muito significativo da economia catarinense. Deixar a região sem condições de fiscalização é altamente temerário para o estado”, alerta o presidente do Sindicato dos Fiscais da Fazenda de SC(Sindifisco), José Antônio Farenzena. Segundo ele, com a retirada da indenização aos fiscais para disponibilização e uso do carro próprio e a consequente falta de pessoal em campo, há muita margem para atuação de sonegadores.

 

Via SC em Pauta