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Os números dos principais setores econômicos de Santa Catarina relativos ao ano de 2021 apurados pelo IBGE –serviços, indústria e comércio -, divulgados na última semana, confirmam desempenho acima da média da economia do Estado frente a do país. Junto com outros dados, eles integram o cálculo do Produto Interno Bruto do Estado, o PIB, que sairá oficialmente apenas no final de 2023, mas indicam resultados mais robustos.

O volume de serviços do Estado, em 2021, cresceu 14,7%, a quinta maior alta do país, que também teve um bom desempenho, com crescimento de 10,9% no ano. Os transportes (18,5%), serviços às famílias (13,7%) e grupo de outros serviços (13,1%) registraram os maiores crescimentos no Estado.

A produção industrial catarinense liderou crescimento nacional em 2021, com alta de 10,3% enquanto a média brasileira foi um crescimento de 3,9%. Os setores que mais cresceram frente a 2020 foram metalurgia (42,3%), veículos e reboques (39,2%), máquinas e equipamentos (22,5%) e confecções (19,1%).

O comércio varejista teve desempenho mais fraco, mas fechou o ano com crescimento de 1,5% em volume, um pouco acima da média do país que ficou em 1,4%. O que mais pesou para os resultados positivos foram veículos (26%), artigos residenciais e domésticos (17,6%) e produtos farmacêuticos (13,9%). A agropecuária também integra o PIB, mas deverá ter novamente dificuldades por causa da seca.

Em breve, a secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico deverá divulgar a sua prévia do PIB de 2021, sob a coordenação do economista Paulo Zordan. Com dados anualizados, a estimativa até setembro do ano passado foi de um crescimento de 9,8%. O resultado será menor porque alguns setores tiveram mais dificuldades no terceiro trimestre em função da inflação e da covid-19, mesmo assim o dado de SC virá bem acima da estimativa de 4,5% para o PIB nacional que sairá no começo de março.

Para este ano, o cenário econômico está mais difícil, com a continuidade da pressão inflacionária e eleições. Mesmo assim, a expectativa é de que Santa Catarina seguirá crescendo mais do que o Brasil, tanto no desempenho da economia, quanto na geração de empregos, puxada por investimentos e aquecimento de atividades em função da esperada retração da pandemia.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti