Com a parada quase geral em Santa Catarina definida pelo governo estadual nesta terça-feira para prevenir o coronavírus, dá para afirmar que a luta mais intensiva dessa guerra inédita chegou ao Estado e são necessárias medidas urgentes, tanto na área de saúde preventiva, quanto na economia.

Embora eu aborde temas econômicos, avalio que mais medidas preventivas para saúde são necessárias e ajudarão a economia. Uma delas é a autorização do uso da telemedicina para as pessoas não terem que se deslocar na maioria das vezes para consultar pegar receitas e fazer análises de exames. Boa parte disso pode ser pela internet e o senador Jorginho Mello sugeriu a liberação da telemedicina pelo Ministério da Saúde via medida provisória.

Aqui em Santa Catarina precisamos buscar alternativas de atendimento de menor risco para quem tem suspeita da doença. Não dá para sugerir que procurem Unidades de Pronto Antendimento (UPAs) porque poderão contaminar pessoas com outras doenças. O modelo da Coreia do Sul, de atender pacientes no carro, pode ser mais seguro. E os trabalhadores de supermercados, postos de combustíveis e farmácias precisam ter proteção para atender o público. Hoje não contam com máscaras, óculos e muito álcool gel para evitar contato com o vírus.

Na economia

Nesta fase, na economia, é preciso socorro, colaboração e solidariedade. Os governos necessitam ouvir as empresas e tomar medidas para que elas possam manter empregos e postergar despesas. Para isso, muitas vezes será necessário fornecer crédito de médio e longo prazo para que consigam sobreviver até o fim desse período crítico que pode durar meses, embora tenha começado com prazo de sete dias.

Está claro que as pequenas empresas vão sofrer mais. Em nível nacional o senador Jorginho Mello sugeriu a aprovação de uma ajuda mensal de dois salários mínimos aos MEIs nesse período, que daria renda de R$ 2.090 reais.

Mas como em Santa Catarina está acontecendo a parada antes da maioria do Brasil, são necessárias medidas locais de ajuda à economia. A Abrasel, Associação de Bares e Restaurantes, que representa um dos setores mais atingidos em função do fechamento dos restaurantes, fez uma lista de necessidades entre as quais, negociação de banco de horas, férias coletivas, licença não remunerada, parcelamento de ISS e IPTU, flexibilidade no pagamento de aluguéis e parcelamento de ICMS e linha de crédito para capital de giro.

A Fampesc, Federação das Micro e Pequenas Empresas, aponta como necessárias medidas como linha de crédito com carência de, no mínimo, seis meses, prazo de 120 dias para pagamento de tributos e outras medidas.

Nessa fase difícil, o que se espera é solidariedade de governos, colaboração entre empresas e empregados para superar esse período que deverá levar à recessão tanto a economia mundial, quanto a brasileira.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti