Presidente também garantiu a permanência do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, após as críticas de aliados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou querer que os ricos paguem mais impostos do que os pobres na implementação de um novo arcabouço tributário. Ao reforçar a necessidade da discussão, ressaltou que a ampliação de gastos sociais é prioridade e deve ser entendida como investimento.

“O mercado construiu a narrativa de que tudo o que é feito que não seja o pagamento de juros é gasto. Temos de parar de usar a palavra gasto”, disse.

Após citar a necessidade de uma nova política tributária, Lula voltou a criticar setores do sistema financeiro ao sugerir que “nunca viu a Febraban dar uma parte do dinheiro que gasta com juros para o padre Júlio Lancelottii alimentar as pessoa”.

O petista acenou com enxugamento de gastos públicos que sejam interpretados como incoerentes. O exemplo usado foi a remuneração recebida por conselheiros da Eletrobras que, segundo ele, chegaria a R$ 200 mil, após o processo de desestatização. “Isso não é jogar dinheiro fora?”, indagou. As declarações foram feitas hoje no primeiro encontro entre o presidente e jornalistas.

Múcio fica no governo

Lula também garantiu a permanência do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, após as críticas de aliados sobre a condução nos atos de terrorismo em Brasília.

“Quem coloca ou tira ministros é o presidente da República, e se eu tirar cada ministro na hora que cometer erro, seria a maior rotatividade da história”, disse.

O petista também disse estar convencido de que setores das Forças Armadas, além da Polícia Militar do Distrito Federal, facilitaram o acesso ao Palácio do Planalto no episódios de terrorismo, no domingo.

A avaliação do presidente é de que há uma clima classificado como negacionista nas Forças Armadas. Além de punição aos responsáveis e financiadores, o presidente falou sobre a necessidade de construir uma narrativa para reestabelecer a paz”.

 

Via Jota