Na primeira entrevista que concedeu após a confirmação da vitória nas urnas na noite deste domingo, o governador eleito, senador Jorginho Mello (PL), falou sobre como pretende viabilizar recursos para as áreas de saúde e educação, às quais fez as principais promessas na campanha. Disse que vai avaliar a receita do Estado – que tem uma economia diferenciada -, reduzir despesas e buscar apoio da bancada federal para trazer mais recursos da União. Isso porque, com a derrota de Jair Bolsonaro, não contará com presidente da situação para tentar conseguir mais verbas federais. 

– Vou levantar os dados de Santa Catarina, ver a evolução da receita. O Estado é o último a entrar numa crise e o primeiro a sair, pela qualidade dos seus empresários, pessoas que produzem, que fazem este Estado ir para frente. Então, eu vou colher esses números e tratar com Brasília através da bancada como sempre foi feito – disse Jorginho.

Durante a campanha, o senador prometeu o fim da fila das cirurgias eletivas, o pagamento de todas as mensalidades dos estudantes de universidades do Sistema Acafe e oferta de cursos técnicos. Segundo ele, a bancada sempre foi o para-choque de qualquer governo e será a ela que vai recorrer para solicitar recursos da União.

O dinheiro para custear as mensalidades de 14 universidades da Acafe, uma despesa nova estimada em cerca de R$ 1,5 bilhão ou mais por ano, virá do orçamento.

– Aplicamos 2,5% em educação (superior). Vamos aplicar 8%. São Paulo aplica 10%. As universidades estaduais paulistas USP, Unicamp e Unesp estão entre as melhores – observou ele.

O plano é comprar as vagas das universidades com dinheiro do orçamento do Estado. Para isso, Jorginho disse que vai enxugar despesas no governo. Segundo ele, tem muita coisa que, com inteligência, inovação, modernidade e desburocratização dá para fazer com mais eficiência. O plano é economizar para ter recursos para a saúde e demais áreas.

A maior oferta de vagas para formação de técnicos será em parceria com o Sistema “S” e com as universidades da Acafe.

Na entrevista de ontem, o governador eleito preferiu não anunciar nomes da equipe de transição. Quinta-feira da semana passada, informou à coluna que iria priorizar na transição a análise sobre a disponibilidade de recursos do governo do Estado.

Via NSCTotal – Coluna estela Benetti